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Num streaming muito perto de você

Divulgação -
Mogli: entre dois mundos
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Lembram-se de quando os filmes estreavam, exclusivamente, nos cinemas? Antes do advento do videocassete – e, depois, do DVD –, não havia outro jeito de se assistir à maioria dos filmes, a não ser na tela grande ou, no máximo, tempos depois em cópias ruins (e dubladas) na TV. Ou nas reprises.

Hoje em dia, além das plataformas digitais e do VOD (vídeo on demand), no qual você pode assistir, antes, ao filme que está estreando na mesma semana – pagando um valor menor do que o de um ingresso de cinema – agora pode até mesmo assistir a certos filmes que talvez nem cheguem às telas prateadas.

A Netflix tem feito isso, cada vez mais. Já comentamos, nesta coluna, que deram para comprar filmes de grandes estúdios, que tinham suas bilheterias ameaçadas e, na duvida do fracasso, melhor garantir uns trocados na venda para a empresa e ter uma plateia pronta. Já estão com dezenas no catálogo.

Os últimos lançamentos exclusivos Netflix nesse sistema, não são filmes quaisquer. São produções esmeradas, de grandes diretores. Um destes, já ‘em cartaz’, é “A balada de Buster Scruggs”, dos irmãos Coen, que, tendo lançamento limitado nos cinemas de alguns países, estreou mundialmente na plataforma, tendo recebido muitos elogios da crítica.

Macaque in the trees
Mogli: entre dois mundos (Foto: Divulgação)

Merecidos. Fãs da obra dos irmãos diretores vão se deliciar com as historinhas, algo violentas, meio bizarras, que falam de tipos do Velho Oeste americano, em seis capítulos de um livro que jamais foi escrito ou lançado.

Outro livro, este, real e já várias vezes abordado no cinema e na TV, é “O livro da selva” (“The jungle book”), de onde saiu a história de Mogli, o menino-lobo. Sua versão mais famosa é o desenho da Disney, dos anos 1960, que, recentemente, ganhou uma versão (misturando atores de verdade com animais em CGI), que fez muito sucesso, e terá continuação.

Mas o Mogli que está no catálogo Netflix é uma produção dirigida por Andy Serkis (o ator que encarnou, digitalmente, personagens marcantes como o Gollum, da trilogia “O Senhor dos Anéis”). E está longe do clima divertido e musical Disney. É uma versão sombria, mais conectada ao livro de Rudyard Kipling.

Este novo approach, “Mogli: entre dois mundos” (“Mowgli: legend of the jungle”, uma produção da Warner, só não é melhor porque o diretor focou muito no CGI (é bastante escuro) e menos no desenvolvimento do roteiro. Mas os fãs do livro, dos personagens e de Serkis serão recompensados por uma outra visão.

O próximo grande lançamento Netflix é o novo de Alfonso Cuarón, o aclamado “Roma’”. Já em cartaz em seletos cinemas nos EUA e México. No Brasil, será exibido apenas no Rio e em São Paulo, entre os dias 14 e 26 deste mês. As sessões, noturnas (às 21h30m), acontecerão somente nas salas Kinoplex Rio Sul (RJ) e Kinoplex Itaim (SP). E, os ingressos, podem ser obtidos no site romanetflix.com.br.

É, o cinema mudou mesmo.

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Rugidos

Mal anunciou uma leva de animes para o ano que vem, a Netflix revelou que vai lançar uma nova série do cult “Ghost in the shell”, em 2020. Recentemente, o anime virou um polêmico filme, com Scarlett Johansson.

A bem-sucedida linha de séries de TV da DC (exibidas aqui no Warner Channel), vai ganhar mais um título: “Stargirl”. E, quem vai fazer Sylvester Pemberton, vulgo Starman, é Joel McHale, da cult série “Community”.

*Netflix encomendou série baseada na vida da popstar latina Selena Quintanilla, que foi morta por uma fã, em 1995, aos 23 anos. Selena já foi tema de filme, estrelado por Jeniffer Lopez.