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O (quase) fim dos canais especializados

Divulgação -
O neto do galã Gregory Peck, Ethan Peck, será o jovem Spock, na segunda temporada da série "Star Trek: Discovery", da CBS
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Lembra de quando a TV paga (chamada, genericamente aqui, de “TV a cabo”, embora o primeiro serviço do gênero, o da TVA, chegasse nas casas via antena de micro-ondas; e, fora das grandes cidades, todos usassem mini parabólicas, via satélite, o sistema DTH) chegou ao Brasil, no começo da década de 1990? Foi muito legal por, finalmente, nos livrar dos poucos canais da TV aberta e trazer vários canais com programações selecionadas.

Eram tempos em que assistíamos, com prazer, a canais como o TNT (Turner Network Television), que exibia apenas filmes do acervo que a Turner comprara da Metro; ao Cartoon Network, também do mesmo grupo Turner, que exibia a biblioteca de desenhos animados da Metro e produções originais sensacionais; bem como ao Nickleodeon, com suas séries e animações próprias. Os canais de grife (Warner, Fox e Sony), no começo, exibiam material de seus respectivos acervos, que estavam sumidos há tempos. Tudo com cópias límpidas.

Com o tempo, além do pacote básico de canais de filmes/esportes (obrigatórios), também tivemos canais voltados para públicos específicos. O FX, no começo, era voltado para o público masculino e trazia programas muito interessantes, que, hoje, você só encontra parecido na internet. Os fãs dos desenhos japoneses e de cartoons clássicos tinham o ótimo Locomotion, que, depois foi comprado pela Sony, virou Animax e sumiu daqui (embora a marca ainda exista em outros países). Ainda na área da animação, tivemos o Boomerang, que trazia todo o acervo da Hanna-Barbera e Metro, e, depois, desandou. Parte de seu acervo migrou para o Tooncast.

Assim, aos poucos, os canais temáticos foram sendo desvirtuados, para atender a gostos de públicos locais (algo duvidoso, parecido com o fato de hoje os cinemas exibirem mais filmes dublados, porque “o público quer”), o que acabou com o diferencial, que era o grande atrativo.

O TCM (Turner Classic Movies), por exemplo, que havia herdado a biblioteca da Metro do TNT antigo, deixou de honrar seu nome na América Latina (ainda honra suas origens em alguns países) e passou a exibir filmes e séries mais recentes - sobretudo, dos anos 1990 -, banindo quase totalmente filmes em p-b. Um mais recente, o TBS (cujo slogan era “muito divertido”), que veio para exibir, sobretudo, comédias, já saiu dos trilhos, e hoje exibe de tudo. Não à toa, o público que gosta de nichos, foi migrando, cada vez mais, para a internet.

É realmente uma pena que isso tenha acontecido. Sonho com o dia em que, um novo canal da AMC, já lançado na Europa, o Dark (que exibe apenas produções voltadas para o terror) chegue aqui. Enquanto isso, o SyFy, ainda tenta fazer jus a seu nome. Já o Space, voltado para ação, em breve, vai virar um superstation e exibir também futebol.

Mas ainda temos o iSat (sendo o “i” de “independente”, que exibe produções de fora dos grandes estúdios) e o TruTV, que passa apenas realities e game shows. O estranho vai ser se, um dia, canais especializados em comida, como o Food Network, passem a exibir novelas!

Rugidos

O neto do galã Gregory Peck, Ethan Peck (foto), será o jovem Spock, na segunda temporada da série “Star Trek: Discovery”, da CBS.

Chama-se “The Romanoffs”, a nova série de Matthew Weiner, criador de “Mad men”. Ela será exibida pela Amazon, a partir de outubro.

“Atypical”, aquela série bacaninha sobre um garoto autista, volta em setembro, ao Netflix.

Dois filmes inéditos, nos cinemas do Brasil, chegaram, esta semana, aos serviços de streaming. São eles: o drama islandês “Fantasmas do passado” e ‘A luz divina’, de temática religiosa, dirigido e estrelado por Kevin Sorbo, o Hércules da série de TV.

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leão | tom