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Strike Friday

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Protestos de funcionários da Amazon na Europa marcaram a black friday. A mensagem transmitida no Dia de Ação de Graças pelos funcionários da empresa esse ano foi mais sombria do que o usual. Sob a alegação de que “não são robôs, trabalhadores de quatro países iniciaram uma onda de protestos e greves contra o que chamaram de cultura de trabalho “perigo-Amazon” e de alta pressão imposta pela companhia de varejo. Os funcionários da alegam também que a empresa tem adotado práticas contra diversos sindicatos no continente.

A Amazon contesta essas alegações, argumentando ser um “empregador justo e responsável” que oferece condições de trabalho “seguras e positivas”. Integrantes da manifestação organizada para o dia dos descontos disseram que cerca de 2.600 trabalhadores compareceriam aos protestos durante o dia. Para que a adesão atingisse essa proporção, seria necessário que alguns trabalhadores interrompessem sua rotina de trabalho para que pudessem se engajar no movimento. A empresa de Jeff Bezos disse que sua rede de atendimento à Europa passou o dia totalmente operacional e que informações contrárias estão totalmente equivocadas.

Este não é o primeiro ano em que manifestações aconteceram na Black Friday. Em 2017, foram organizados protestos semelhantes. O dia até recebeu um apelido e passou de “Strike Friday”, algo como “sexta-feira greve”, em tradução livre.

Outra bolha?

As ações de tecnologia tiveram uma semana muito ruim. A notícia fica aind pior se considerarmos que, nos últimos tempos, esse não tem sido um fato isolado. O grupo que ficou conhecido como FAANG (acrônimo para Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google), lidera o crescimento geral das empresas de tecnologia nos últimos anos, mas os meses recentes estão se consolidando como uma fase a ser esquecida.

No menor ponto de suas cotações, todos os cinco caíram mais de 20% em relação a seus respectivos picos. Isso se traduz em centenas de bilhões de dólares em valor de mercado que simplesmente desapareceram. A Apple foi a primeira empresa da história a ultrapassar a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. Poucos meses depois do feito, sua cotação caiu para US$ 840 bilhões no fechamento da última terça-feira e não se recuperou desde então.

O fato tem preocupado do Vale do Silício e feito com que startups e empresas gigantes como as FAANG discutam seus modelos de negócio, troquem executivos de primeiro escalão e refaçam suas entratégias de marketing. Parece que existem incêndios além das florestas da Califórnia.

Viúvos e viúvas do Vine

As milhões de pessoas que sentem falta da rotina no Vine podem estar próximas de encontrar algum consolo. O responsável por esse sentimento é o TikTok.

O aplicativo chinês de vídeos em formatos curtos vem ganhando impulso global. Para se ter uma ideia, o app foi baixado cerca de 80 milhões de vezes nos Estados Unidos e quase 800 milhões de vezes em todo o mundo, de acordo com dados da empresa. Assim como acontece em todos os canais de mesmo propósito, seus usuários compartilham vídeos curtos de si mesmos, cozinhando, dançando, sincronizando os lábios ou fazendo tarefas regulares, como escovar os dentes. As edições, geralmente caseiras, apresentam músicas em segundo plano, podem ser acelerados, reduzidos ou editados com um filtro. Assim como acontece no Instagram, usuários podem seguir outros usuários e também comentar o material de outras pessoas da plataforma. Os vídeos do TikTok também estão sendo publicados em outras plataformas, como Twitter e Instagram.

Em fevereiro, Vero foi brevemente o aplicativo de mídia social do momento.