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O Reino e o dinheiro

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Não é mais segredo para ninguém que acompanhe, mesmo que minimamente, o mercado e o impacto da tecnologia na vida de pessoas e das empresas, que a indústria automotiva está prestes a viver uma etapa de profunda reconstrução. Para que se mantenham vivas nessa, as empresas do segmento precisam investir pesadamente em inovação. Aí começa um grave problema que precisará ser resolvido rapidamente. O Brexit, saída do Reino Unido da Comunidade Europeia, está atrasando a inovação nas montadoras do continente.

Executivos de tecnologia da BMW e da Volkswagen dizem que a saída inglesa do bloco pode fazer com que a região fique para trás em relação aos países da Ásia e América porque as condições atuais demandam e, consequentemente, dificultam as operações, ameaçando a colaboração em pesquisa e retirando recursos que naturalmente seriam investidos no processo.

A indústria automobilística da Europa costumava gastar cerca 54 bilhões de euros (pouco mais de 240 bilhões de reais) em inovação a cada ano. O número foi divulgado pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis. Isso faz com que o segmento seja o principal investidor em pesquisa e desenvolvimento do continente. A Society of Motor Manufacturers and Traders anunciou que o investimento, no Reino Unidos, em fábricas e novos modelos caiu 47% no primeiro semestre . Por hora, o Reino sai do bloco e, pelo menos nesse segmento, o dinheiro sai do Reino.

Dentro da caixa

A Dropbox Inc registrou o maior aumento no valor de suas ações em meses. A última grande escalada foi em agosto, depois da empresa divulgar excelentes resultados no terceiro trimestre, quando obteve um expressivo crescimento de sua receita por usuário e pelo aumento geral das vendas de seus serviços de armazenamento em nuvem. No embalo do aumento da receita total e a diminuição das perdas em mais da metade em relação ao mesmo período do ano passado, as ações da empresa subiram 9,7%, o maior crescimento intradiário em meses.

Drew Houston, o CEO da empresa californiana, observou o progresso da empresa no trimestre e destacou as novas experiências e recursos do produto. Houston ressaltou funcionalidades como as timelines da Nautilus e Paper, além de integrações com empresas consagradas como Zoom e Salesforce. “Temos uma enorme oportunidade de melhorar a experiência de usar a tecnologia no trabalho”, disse o executivo em uma teleconferência.

Uma vez que o mundo deve aumentar em velocidade significativa o volume de dados produzidos, as empresas de armazenamento se apresentam como uma excelente oportunidade para investidores e empreendedores, além de se mostrar uma necessidade para todos nós. Se conseguir resolver a questão de suas margens operacionais e seu posicionamento em relação à poderosa AWS, o futuro parece promissor para a ferramenta da caixinha.

Maçã Digital

O mundo aprendeu a ver a maçã como um dos símbolos do mundo digital em função do sucesso retumbante da Apple. Parece que agora teremos uma nova maçã nesse jogo. No verão de 2013, Michael Bloomberg, então prefeito de Nova York, realizou uma coletiva de imprensa para anunciar que o Spotify abriria um escritório na cidade e contrataria mais de 100 engenheiros no ano seguinte.

A Bloomberg elogiou o anúncio do Spotify, um serviço de streaming de música fundado na Suécia, como uma das iniciativas de seus esforços para “fazer da cidade de Nova York a primeira escolha para as empresas de tecnologia lançarem e crescerem”. Cinco anos depois, a cidade parece estar à beira de dois outros grande anúncios que podem sacudir o mapa da indústria de tecnologia no mundo e colocar de vez a Big Apple como um grande centro, podendo até rivalizar com o Vale do Silício, um lugar que tem espaços muito caros e força de trabalho cada vez menos atraente para novos entrante.

A Amazon e a Alphabet, empresa que é a dona do site Google, estão planejando outras duas grandes operações na cidade, com a contratação de milhares de novos funcionários. Parece que agora, finalmente, chegou a vez da Digital Big Apple.