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Itaú prevê PIB de 0,5% no 3º tri; Bradesco aposta em 0,3%

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga amanhã, terça-feira, 3 de dezembro, o resultado das contas nacionais no 3º trimestre, que define a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no período. O mercado financeiro está esperando, na média, crescimento de 0,4%.

O Itaú é mais otimista e projeta, na publicação diária de seu departamento econômico, crescimento de 0,5% para o PIB trimestral. Mais cauteloso, o Depec do Bradesco espera aumento de 0,3%. De qualquer forma, ambos apostam em taxa próxima a 1% para o PIB de 2019 (na Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, elevou para 0,99% a taxa do PIB para 2019. Já para 2020, as apostas são de que o crescimento será o dobro, no mínimo.

Projeções do Itaú

“Prevemos um crescimento de 0,5%% [no 3º trimestre frente ao trimestre anterior com ajuste sazonal], com o setor de serviços aumentando 0,2%[na mesma base de comparação] e a produção industrial crescendo 0,3% [idem], impulsionada pela mineração e extração [de petróleo e gás natural].

“Do lado da demanda, esperamos que o consumo cresça 1,3% [frente ao trimestre anterior], o investimento se expanda 0,5% e as exportações diminuam 2,3%”.

Bradesco vê recuperação em curso

Na sua análise semanal publicada sexta-feira passada, o Bradesco diz que “os indicadores da próxima semana deverão reforçar a recuperação em curso da economia brasileira, com cenário benigno de núcleos de inflação.

Quanto ao PIB do 3º trimestre, prevê que “deve ter crescido 0,3% na margem e 1,0% em relação ao mesmo período do ano passado”.

Bancos otimistas para o 4º trimestre

Tanto o Bradesco quanto o Itaú estão otimistas quanto à velocidade do crescimento do 4º e último trimestre. Ao estimar a produção industrial de outubro, que o IBGE deve divulgar na quarta-feira, o Bradesco projeta “alta de 1,0%” em relação ao mesmo mês do ano passado.

O Itaú é um pouco mais cauteloso e prevê “um crescimento de 0,7% [sobre outubro de 2018, descontando os efeitos sazonais] para a produção industrial.

Um dado que pode confirmar a aceleração do setor é o resultado das vendas de automóveis em novembro, que a Fenabrave vai divulgar esta semana. O setor automobilístico, por envolver extensa cadeia de fornecedores, tem forte impacto em diversos segmentos. A crise da Argentina, que cortou importações de veículos, vem desacelerando a produção desde meados de 2018. ,

Para a inflação do IPCA/INPC, que o IBGE divulga sexta-feira, o Itaú prevê “um aumento mensal de 0,47%, levando a leitura de 12 meses para 3,23% (de 2,54% em outubro). O segmento de alimentos em casa provavelmente irá postar a maior pressão ascendente, principalmente devido ao aumento dos preços da carne”.

O impacto é reflexo da crise da gripe suína africana, que dizimou boa parte do rebanho chinês, deslocando a demanda da carne suína (que representa 52% do consumo do país) para a importação de carne bovina, de frango e a suína. A estimativa do Bradesco é de um IPCA de 0,48%.

Balança comercial em queda

Quanto à balança comercial de novembro, que será revelada agora à tarde, o Itaú espera “um superávit de US$ 3,4 bilhões, abaixo dos US$ 4,1 bilhões observados no mesmo mês do ano passado. Em termos mês a mês, as exportações mantiveram-se globalmente estáveis, enquanto as importações deverão diminuir 13,5%, ajustadas sazonalmente”.

No acumulado de 12 meses, o Itaú espera que o superávit comercial “diminua para US$ 47 bilhões (de US$ 48 bilhões), enquanto a média móvel trimestral ajustada sazonalmente permanecerá estável em US$ 34 bilhões.

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bradesco | IBGE | ITA | pib