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Com reforma da Previdência, Itaú também espera corte de 0,50% na Selic

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Em publicação nesta sexta-feira, 12, o Departamento Econômico do Itaú diz esperar “o início de um novo ciclo de redução da taxa Selic na reunião do Copom no final de julho [30 e 31], com um corte de 0,50 p.p., como tinha escrito na quinta-feira.

Vejam os principais tópicos:

• Mantivemos nossas projeções para o crescimento do PIB em 0,8% este ano e 1,7% no ano que vem. [hoje, sexta-feira, o governo reduziu de 1,6% para 0,81% a previsão de crescimento do PIB].

• A reforma da Previdência teve seu texto base aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados, e deve concluir sua tramitação no Congresso até o fim do terceiro trimestre. Nas nossas estimativas, após a aprovação dos destaques, o texto final deverá gerar uma economia de R$ 865 bilhões nos próximos 10 anos. Esperamos déficits primários de 0,9% e de 1,2% do PIB em 2019 e 2020.

• Mantivemos também nossa projeção de taxa de câmbio para 3,80 reais por dólar em 2019. Levando em conta o ambiente global mais desfavorável, esperamos depreciação para 4,00 reais por dólar em 2020.

• Nossa projeção para o IPCA segue em 3,6% tanto neste ano quanto no próximo.

• Esperamos o início de um novo ciclo de redução da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no final de julho, com um corte de 0,50 p.p”. [o Itaú espera que a Selic desça dos atuais 6.50% ao ano para 5% até dezembro e permaneça neste patamar até o fim de 2020].

Safra recorde garante inflação baixa

O Departamento Econômico do Bradesco interpreta com bons olhos a revuisão para mais da projeção da sagra de grãos de 2018/19, em fase de plantio, feita ontem, 11 de julho, pela Conab. "Apesar das preocupações envolvendo o plantio atrasado de grãos nos EUA, o cenário agrícola segue favorável", diz o Depec. A expectativa para a produção total de grãos, de 240,7 milhões de toneladas, é maior do que a registrada na safra anterior (227,7 milhões de toneladas) e levemente superior ao apontado no levantamento de junho.

"Se confirmada, essa produção esperada constituirá um novo recorde histórico, com impactos altistas para o PIB do agropecuário e baixistas para a inflação de alimentos", diz a nota do Depec.

"No caso da soja, com a iminente conclusão da colheita teremos uma redução na safra atual, associada à redução na produtividade, mas ainda assim se consolidando como a 2ª maior produção histórica.

"No caso do milho, deveremos observar uma forte elevação da produção da segunda safra, mais do que compensando a queda observada na primeira safra.

"Já nos EUA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima as suas estimativas de safra de milho deste ano em relação à estimativa do relatório anterior. De acordo com relatório publicado, os estoques finais de milho no país para a safra atual será de 51,1 milhões de toneladas, ante os 42,6 milhões de toneladas esperados em junho. Os estoques mundiais estão projetados em cerca de 328,8 milhões de toneladas, aumento de 8% em relação ao apontado no último levantamento.

"A expectativa da produção de soja nos EUA para este ano foi revisada para baixo, mas a relação global estoque/consumo continua em nível bastante elevado. Esse cenário contém a aceleração dos preços. [Vale lembrar que a gripe suína africana, na China, que matou muitas matrizes, vai reduzir a demanda de soja em grãos para a extração de óleo e uso do farelo na alimentação animal].

"No caso do milho, os resultados reportados não sugerem nova rodada de elevação das cotações, mantemos.nossa expectativa de preço ao redor de US$ 4,5 por saca.", diz o Bradesco.

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