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Recessão ou estagnação?; previsões do PIB do 1º trimestre de -0,2% a -0,3%

Se IBGE revisar para baixo o 0,1% do 4º trimestre de 2018, país estará em recessão

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Que o crescimento da economia está baixo, pífio, negativo, contrariando todas as expectativas, isso não há dúvida. As principais instituições financeiras estão prevendo queda de 0,2% a 0,3% na divulgação nesta quinta-feira, 30, pelo IBGE, do Produto Interno Bruto do 1º trimestre de 2019 frente ao 4º trimestre de 2018 (que subiu 0,1% na última avaliação do IBGE).

O Bradesco espera queda de 0,2% no 1º trimestre (e apenas 1,1% no ano) e o Itaú e o Santander esperam queda de 0,3% e taxas de 1% e 1,3%, respectivamente para 2019. Em termos de 12 meses, segundo a previsão do Santander e do Itaú, a taxa cai de 1,1% de dezembro, para 0,8%.

Mas a grande incógnita é se o IBGE vai rever os dados do último trimestre (como ocorre normalmente a cada divulgação trimestral). Se a taxa for zero, ou negativa, o país estará, tecnicamente, outra vez em recessão. Ou, em estagnação.

Estagnação é quando a economia fica parada por dois trimestres seguidos. Recessão é quando há queda nos dois períodos trimestrais. E os dados do 2º trimestre também não tem sido lá muito animadores.

Queda de confiança nos serviços

Setor mais importante da economia, responsável por cerca de 70% da formação do PIB calculado pelo IBGE, o setor de serviços segue mal.

A pesquisa mensal da FGV, divulgada nesta quarta-feira, revelou que a confiança empresarial no sector diminuiu 3,1 p.p. para 89,0 em maio. A repartição mostra uma queda tanto na componente de expectativas (-5.1 p.p.) e no índice de situação atual (-0.9 p.p.). Confiança em todos os setores diminuiu no mês, que indicam não ter havido uma aceleração substancial da atividade econômica em frente, após um decepcionante 1º trimestre.

O Departamento Econômico do Bradesco lembra que foi a “quarta queda consecutiva do índice, sendo que o componente de situação atual passou de 87,2 para 86,3 pontos. Além disso, as expectativas também arrefeceram (-5,1 pontos), após terem apresentado uma modesta melhora no mês passado”.

Para o Departamento Econômico do Itaú, o resultado do Índice de Confiança de Serviços reforça ritmo lento da atividade no 2º trimestre

A leitura do Depec Bradesco é semelhante: “Com isso, reforçamos nossa percepção de atividade em ritmo bastante moderado no 2º trimestre, em linha com as divulgações das demais sondagens e com o resultado do PIB do 1º trimestre do ano, a ser divulgado amanhã – cujo resultado deve apresentar uma queda de 0,2% em relação ao trimestre anterior”.

SFT e Congresso só barram venda; e as compras pelas estatais?

Agora que o Supremo Tribunal Federal vai decidir se as vendas de ativos de empresas estatais precisam passar pelo crivo do Congresso Nacional, reitero o que escrevi recentemente, quando a refinaria de Pasadena foi vendida pela Petrobras, com enorme prejuízo em relação ao preço de compra, quando o Conselho de administração era presidido por Dilma Roussef, então ministra da Casa Civil do governo Lula.

Por que só na ocasião da venda caberia o crivo e não também na compra de ativo ou na constituição de uma nova subsidiária de estatal?

Se for exigido o aval do Congresso a cada venda de ativo, uma simples venda de frota de automóveis, navios ou maquinário teria de passar pelo mesmo crivo? A cada renovação de frota ou encomenda de uma nova plataforma. FPSO caberia a dupla autorização do Congresso e/ou do SRF?

Parece um total absurdo para empresas de economia mista, que, embora de controle da União, estão com boa parte das ações abertas ao público e são submetidas à diligência interna dos controles de administração, fiscal e/ou de auditorias.