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Imagina se o Banco Central acerta

REPRODUÇÃO -
INFLAÇÃO-IPCA
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Com a sabatina, hoje, no Senado, de Roberto Campos Neto, presidente indicado para o Banco Central, Ilan Goldfajn pode deixar antes do Carnaval o cargo que ocupa desde meados de 2016 . Admirado pelos banqueiros et pour cause eleito duas vezes o "banqueiro central do ano pela revista "Bankers", Ilan também foi escolhido a personalidade de 2018 ano na Economia pelo jornal "O Globo".

Goldfajn atribui a si e ao Copom mais importância na "administração de expectativas" do que a realidade mostra. Nos recordes desses gráficos do Depec Bradesco vê-se que a baixa da Selic, a taxa básica de juros, (dos 14,25% quando Ilan assumiu o BC, em julho de 2016, para os 6,50% vigentes desde março de 2018, tem mais a ver com a queda da inflação dos preços administrados e dos alimentos em domicílio do que a política monetária.

Macaque in the trees
ALIMENTAÇÃO NO DOMICÍLIO (Foto: REPRODUÇÃO)

A inflação baixou mais pela supersafra, de 2017, e a dissipassão do choque tarifário de Dilma, em 2015, do que pela atuação do BC. Aliás, a inflação segue abaixo do centro da meta (4,25%) - o que abre espaço à queda dos juros com a reforma. Já os juros bancários, que o BC deveria cuidar, enfrentando o oligopólio dos cinco bancos que controlam mais de 85% do crédito cobrando juros escorchantes de empresas e indivíduos, ignoram a queda da Selic e da inflação sob o olhar contemplativo do BC. Com Ilan, a Selic caiu de 14,25% para 6,50% ao ano, queda de 54,39%. Os juros médios dos financiamentos a automóveis baixaram de 21,3%, em dezembro de 2016, para 16,5% ao ano, em dezembro de 2018. Queda de apenas 22,53%.

Macaque in the trees
INFLAÇÃO-IPCA (Foto: REPRODUÇÃO)

Que a rotina da Selic descer pelo elevador e os juros bancários pela escala mude na gestão Roberto Campos Neto.

REPRODUÇÃO - ALIMENTAÇÃO NO DOMICÍLIO