ASSINE
search button

Irmãs Labèque

Umberto Nicoletti -
Katia e Marielle Labéque
Compartilhar

Elas não vão tocar este ano no Rio. Alô, alô, curadores e produtores de concertos! Garantia de sucesso e teatro lotado. Neste mês e nos próximos, as irmãs pianistas Katia e Marielle Labèque estão em turnê pela Europa. Sobre tocar no Rio, Katia conta: “Claro que adoraríamos voltar a tocar no Rio! Nós vamos tocar em outubro na América do Sul, mas aparentemente foi impossível incluir o Rio...Nós já tocamos várias vezes na cidade no passado e foi sempre com uma audiência maravilhosa!!!”.

As belas pianistas francesas, que já venderam milhões de discos e têm uma das melhores intepretações para dois pianos da “Rhapsody in Blue”, de Gershwin, têm também um repertório supereclético que inclui, além de música clássica, jazz, música experimental e popular.

Em 2013, gravaram o álbum duplo “Minimalist Dream House” com peças de compositores minimalistas e seus sucessores. Este ano, dando continuidade ao interesse por compositores minimalistas e contemporâneos, estão lançando no início de abril o álbum “ El Chan”, inteiramente com peças de Bryce Dessner, compositor americano, fundador e guitarrista da banda de rock The National. Steve Reich, um dos papas da música minimalista, escreveu: “Dessner é um compositor importante com uma técnica desenvolvida e uma intensa voz emocional. Ele é hoje uma das vozes mais importante de sua geração”.

Também em abril as irmãs se apresentam em Paris, Londres, Hamburgo e outras cidades com o projeto “Minimalist Dream House”, que terá como convidados especiais o compositor e guitarrista David Chalmin e o próprio Dressner, que escreveu “Haven”, concerto para dois pianos e duas guitarras. A segunda metade do concerto terá a participação de Thom Yorke, líder da banda inglesa de rock Radiohead, que dedicou às pianistas a peça ”Don’t Fear The Light” que terá première mundial nesse dia, sendo a primeira composição de Yorke dedicada a músicos clássicos. Os concertos de abril em Paris estão esgotados. Será que no Rio não temos público suficiente para arcar com um concerto assim?

Macaque in the trees
Katia e Marielle Labéque (Foto: Umberto Nicoletti)

NOTAS E ACORDES

O concerto do último sábado, em homenagem aos três últimos diretores da Sala Cecília Meireles, João Guilherme Ripper, Jean Louis Steuerman e Miguel Proença agradou muito ao público, que aplaudiu de pé, fazendo Sterueman retornar ao palco para um bis de uma ária de Bach. Foram apresentados “Minicocerto Grosso, de Santoro, “Cinco poemas de Vinícius de Moraes”, de Ripper, e comemorou-se também o aniversário de Steuerman, que tocou esplendorosamente o concerto para piano de Mendelssohn com a OSB sob a regência de Lee Mills. 

Macaque in the trees
Aldo Mussi, novo diretor da Sala Cecília Meireles, acompanhado dos homenageados, Miguel Proença, (ao lado do busto de bronze de Claudio Santoro), João Guilherme Ripper e Jean Louis Steueman (Foto: Fred Pontes)

Fred Pontes - Aldo Mussi, novo diretor da Sala Cecília Meireles, acompanhado dos homenageados, Miguel Proença, (ao lado do busto de bronze de Claudio Santoro), João Guilherme Ripper e Jean Louis Steueman
Umberto Nicoletti - Katia e Marielle Labéque
Tags:

coluna | m?sica | pauta