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Erros de comunicação

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Flávio Bolsonaro está adotando uma estratégia curiosa: quer convencer a todos que está certo, sem dizer a ninguém o que realmente fez. Qualquer profissional de comunicação experimentado teria matado o Caso Queiroz na origem. Convocaria uma coletiva onde o parlamentar reconheceria o erro, pediria desculpas e, quem sabe, até chorasse na bandeira nacional. Flávio porém, convencido de que está certo, nada faz. E com isso o governo Bolsonaro vai se esfarelando, em velocidade espantosa, por erros amadores de comunicação _ como o cancelamento da coletiva de ontem em Davos. Enquanto Flavio B não resolver essa encrenca, o flanco estará aberto para qualquer tipo de insinuação. O presidente por sua vez vacila ao não apresentar uma só proposta objetiva (e se possível, positiva) relacionada às reformas que prometeu fazer, o que tiraria Flávio, Queiroz e companhia da editoria de política e os levaria para as páginas policiais. Aos poucos vai se cristalizando a impressão de que Bolsonaro não estava preparado para viver um momento como esse. E o pior, parece que não há ninguém em volta capaz de fazê-lo dar o famoso e muitas vezes necessário freio de arrumação em seu entorno.

Bola fora

Quem deu um baita fora ontem foi o deputado eleito do PSL Gustavo Schmidt. Ele postou uma matéria do perfil de humor “Falha de S. Paulo”, que brinca com o jornal paulistano, como se fosse verdadeira. A reportagem, uma piada evidente, se resumia a uma manchete: “Flávio Bolsonaro teria ligação com homem que pregou Jesus na cruz”.

Fake news

Gustavo comentou: “Incrível como a mídia está desesperada e incansável em tentar culpar o nosso senador @flaviobolsonaro, daqui a pouco vão falar que o dedo que Lula não tem foi achado em algum freezer de assessor do Flávio!” Esses caras só podem estar de gozação.

Disputa antecipada

Tudo isso acontecendo em Brasília e o PSD do Rio fará hoje uma pajelança para tentar apaziguar o partido. Há uma disputa entre os deputados Hugo Leal e Índio da Costa pelas próximas indicações para concorrer a cargos majoritários. Hugo sonha em concorrer ao governo em 2022. Já Índio quer concorrer em 2020, 2022, 2024...

Pra cima deles!

Lair Ribeiro já dizia: o segredo é mirar na lua para acertar as estrelas. O vereador Ítalo Ciba enviou um duro ofício cobrando providências à poderosa Febraban. É que ele aprovou uma lei obrigando as agências bancárias a oferecer 50% de terminais sem biometria. Ele alega que a tecnologia é ruim para portadores de deficiência e pessoas que trabalham com produtos químicos. Força, guerreiro!

Feiras do Centro

O superintendente regional do Centro, Pablo Melo, nega que tenha havido qualquer favorecimento político no sorteio das licenças para os feirantes de artesanato em sua região. Ele conta que mais de 200 destes comerciantes o procuraram para criar um sistema justo, daí a realização do sorteio. “Para não deixar dúvida, ainda filmamos todo o processo”, diz.

Moda no Rio

Dany Padilla da Escola de Estilo fechou com o Hotmart, maior plataforma de hospedagem em cursos e produtos online da América Latina, a primeira cota de patrocínio para o Imersão Fashion, que será realizado no Rio em maio. O evento de moda reunirá 1.200 profissionais do país.

Contra a fome

Uma longa mesa de 500 metros cheia de pratos vazios será montada domingo no Aterro do Flamengo pela Frente Contra a Fome e Pelo Direito Humano à Alimentação. A instalação fará parte de um protesto contra a recente extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) pelo governo Bolsonaro.

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LANCE LIVRE

A Revan lança “Estudos de História e Historiografia”, com organização de Francisco José Calazans Falcon.