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Trik-trak boom

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Menos de 5% dos caras do local são dedicados a alguma atividade marginal, e impressionam quando aparecem no jornal com a cara tapada por trapos. A realidade do Rio é complexa. É por essas e outras o governador eleito Wilson Witzel poderia aproveitar os próximos dias de relativa tranquilidade pré-posse para assistir ao já clássico “Notícias de uma guerra particular”. É, digamos, o mínimo que se espera para não continuar parecendo que desconhece pelo menos 30 anos de debates sobre a grave crise de segurança do Rio. Na sequência que dá nome do filme, o então capitão da PM Rodrigo Pimentel, apresenta o crême de la crême do armamento oficial. Armas, explica ele, de guerra, que não são usadas por polícia alguma no mundo. O contraponto àquela cena são imagens de um traficante no Morro Dona Marta apresentando um arsenal idêntico. Alguém lhe pergunta: “mas afinal, de quem vocês compram essas armas? É da Policia?” O traficante ri e responde, maroto. “Nós é que não vendemos pra eles”. Não é razoável supor que um soldado do tráfico dos morros do Rio seja capaz de encomendar um fuzil da Bélgica ou Israel. Implementar ações efetivas para atacar o mercado negro de fuzis do Rio pode não ser tão midíatico e implica em cortar fundo na carne das polícias, coisa que governador nenhum nas últimas décadas teve peito de fazer. Parece que é mais fácil brincar de Robocop com a vida alheia. Só não vale esquecer que também morre quem atira.

Na cabeceira do barba

A mais recente obsessão de Lula é a história do líder integralista brasileiro Plínio Salgado. Ele não larga a última edição da revista da Fundação Perseu Abramo que tem como manchete “Fascismos e Antifascismos, ontem e hoje” e em um de seus artigos fala sobre o velho camisa verde.

Aliás e a propósito

Plínio Salgado, para quem não sabe, foi o grande líder da Ação Integralista Brasileira. Uma das estapafúrdia versões que o Brasil inventou do Nazismo europeu. Plínio foi preso por Vargas, exilado em Portugal, orador na Marcha da Família com Deus pela Liberdade e morreu em 1975, quando ainda tentava viabilizar-se candidato ao senado pela Arena, em São Paulo.

Calma galera

As principais centrais sindicais brasileiras (CSB, CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central, Intersindical e CSP) estão agendando para a segunda-feira que vem uma reunião para lançar uma campanha nacional contra o projeto de reformas de Jair Bolsonaro. Como o presidente ainda nem tomou posse o mínimo que se pode dizer é que futurologia é isso aí!

Treta em Paquetá

Até o fechamento desta humilde coluna a Prefeitura ainda não havia escolhido o substituto do Tocha Humana, perdão, do administrador regional de Paquetá Edson Brígido. Como se sabe, em menos de 10 dias Brígido conseguiu brigar até com o pároco daquela pacata região insular da cidade. A associação de moradores espera que dessa vez a Prefeitura os ouça, em vez de nomear outro paraquedista.

Tiro, porrada e bomba

O problema é que nos dias de hoje, nada mais acontece por acaso. A nova bancada do PSL na Assembléia se reuniu sábado e acabou discutindo a treta de Paquetá. Decidiu que vai apoiar um nome do movimento Endireita Paquetá como novo administrador e tome porrada naquele bando de comunista da associação de moradores. A luta continua!

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LANCE LIVRE

Carlos Alberto Serpa presidiu a premiação do Rio Literatura, promovido pela Fundação Cesgranrio. A coisa aqui tá preta. E André Salles, especialista em investimentos da Driftwood, dará palestra sobre opções de aplicações para obtenção do Green Card e outros tipos de vistos para residência permanente e temporária nos EUA amanhã no JW Marriot, a partir da 10h.

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informe jb