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Dia internacional do Jazz

Reprodução -
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Apesar de alguns excelentes discos estarem em pauta, hoje a coluna não poderia ter um tema diferente: O dia 30 de Abril é o dia internacional do Jazz. A data, proclamada mundialmente em 2011, hoje comemora seu 8º ano, com direito a celebrações em mais de 95 países, com seus músicos locais. O premiado pianista e embaixador da UNESCO Herbie Hancock (que falou com exclusividade na coluna sobre a comemoração, no ano passado) é o grande incentivador deste movimento. Segundo ele, a ideia era sugerir uma data para celebrar o jazz e sua forma de unir as pessoas ao redor do mundo.

Além das comemorações espalhadas pelos países, cada ano um país é escolhido para sediar a celebração oficial. Neste ano, o escolhido foi a Austrália, na cidade de Melbourne, e, em 2020, a África do Sul receberá o evento. Esses eventos contam com um time de estrelas do Jazz que, além de Mr Hancock e do trompetista australiano James Morisson (que fará as honras do evento este ano), recebem gênios como Theo Croker, Kurt Elling, Jane Monheit, Joey DeFrancesco, entre outros. Dá para sonhar com um evento desse no Brasil? Segundo Hancock, é possível, desde que existam empresas disposta a patrocinar o projeto (que custa de três a quatro milhões de dólares).

Macaque in the trees
(Foto: Reprodução)

Audrey Azoulay, diretora geral da organização, relembrou palavras inspiradoras de Marthin Luter King, sobre o papel essencial do jazz na criação de uma identidade entre os afro-americanos e incontáveis outros indivíduos ao redor do mundo. “Quando a vida em si não oferece ordem ou significado, o músico cria ordem e significado a partir dos sons da terra que fluem através de seu instrumento” - disse ele no Festival de Jazz, em Berlim, no ano de 1964.

Nesses oito anos de celebração, o evento teve grande crescimento, registrando mais de 13 milhões de visualizações em vídeos na internet no ano passado. As edições já passaram por Japão, França, Cuba, Turquia, e claro, os Estados Unidos.

De acordo com Hancock, que cedeu seu nome ao antigo “Thelonious Monk Institute”, agora “Herbie Hancock Institute”, um dos mais importantes institutos da musica instrumental do mundo, a possibilidade de revelar e estimular jovens talentos na musica (e na vida pessoal) é uma das grandes virtudes dessa celebração: “Projetos como o Jazz Day estimulam jovens a fazer bom uso da tecnologia com a musica. Provamos com o jazz, que crianças com notas ruins e sem vontade de ir a faculdade, passaram a se interessar mais pela parte acadêmica após a prática de um instrumento” – reflete o musico. Fora as apresentações, estão previstos amplos programas educacionais e de extensão, que serão realizados em toda a Austrália, de Sydney até Perth, dando, especialmente aos jovens, a oportunidade de descobrir o jazz.

Neste 8º aniversário do gênero centenário, desejo vida longa ao Jazz e que todos possam conhecer mais sobre sua história, seus ritmos e sua constante evolução. Seja de olhos fechados em um solo em um club, na vitrola com seu disco favorito, ou até mesmo na rua, com os inúmeros músicos talentosos que existem por ai.

Como diria Martin Luther King, “O jazz fala pela vida”. 

Bebop

Celebração carioca

No Rio de Janeiro, a produtora Happening, de Teca Macedo, assina a celebração do dia internacional do Jazz, que acontece hoje, as 20 hrs no Blue Note Rio. Nomes como Jessé Sadoc, Paulinho Trompete, Indiana Nomma, Celso Fonseca, Ney Conceição estão confirmados. Programa imperdível para uma véspera de feriado com muita música.

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coluna | jazz