Munidos de máscaras (pelo menos duas, para trocar durante a visita longa), cordão com álcool gel pendurado no pescoço, manter distância de outros visitantes: todos estes cuidados típicos de 2020 valem a pena para apreciar a primeira exposição do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) depois de decretada a quarentena. No dia 18 de novembro será aberta a exposição AIphonse Mucha: o legado da Art Nouveau.
São 100 obras cedidas pela Fundação Mucha, a maior coletânea do mestre tcheco exibida no Brasil, com o patrocínio da BB DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do Banco do Brasil).
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Quatro ambientes
A curadoria de Tomoko Sato e Ania Rodriguez divide a mostra em quatro temas: Mulheres, ícones e musas; o Estilo Mucha - uma linguagem visual e beleza; Epopéia eslava e a quarta parte, o Legado do estilo Mucha.
Interessante notar que Mucha produziu desde cartazes para espetáculos de Sarah Bernhardt até anúncios de cerveja e caixas de biscoitos.
Para Tomoko Sato “o estilo Mucha se caracteriza pela imagem de belas mulheres em poses elegantes, dispostas em composições harmoniosas com flores e outros motivos decorativos que remetem à natureza. Esses recursos se tornaram elementos-chave do estilo Art Nouveau, reaparecendo na década de 1960 e inspirando novas gerações de artistas em todo o mundo - de designers gráficos ‘psicodélicos’ dos anos 60 a artistas japoneses de mangá da década de 1970 em diante”, completa a curadora.
O acervo pode ser conferido entre segunda e quarta, das 9h às 17h. O acesso é grátis, limitado e exige agendamento prévio. “Disseminar a arte oferecendo acesso gratuito à população é o que nos motiva a viabilizar projetos de grande valor cultural, como a exposição de Alphonse Mucha no CCBB RJ”, afirma Carlos André, presidente da BB DTVM.
O Legado do Estilo Mucha, última e imperdível seção da mostra, reúne artistas inspirarados pelo trabalho deste ícone da Art Nouveau. Artistas gráficos de Londres e São Francisco utilizaram o traço característico de Mucha para refletir a cultura emergente do rock psicodélico. Na Ásia, a cultura do mangá revela uma apropriação do estilo Mucha. Do Japão, destaque para Nanase Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi, fundadoras do grupo CLAMP e autoras de títulos como Cardcaptor Sakura e as Guerreiras Mágicas de Rayearth. Representando a Coreia do Sul, a mostra traz desenhos de Ko Yasung, ilustrador das HQs Stigmata e The Innocent; Rhim Ju-yeon, conhecido pelos títulos President Dad e Ciel: The Last Autumn Story.
Protocolos A entrada deve ser pela Avenida Presidente Vargas e saída pela rua Primeiro de Março. Prefiram as escadas, porque os elevadores comportarão apenas o ascensorista e uma pessoa por vez, com exceção daqueles que precisem de acompanhante. Os bebedouros serão lacrados, as tomadas, desativadas e o guarda-volumes, fechado. Malas ou bolsas com dimensões maiores do que 50cm x 60cm não são permitidas nas salas. Os banheiros terão limitação de capacidade e não será permitido sentar no chão. |