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O Trump de verdade não impede Parada Gay

AFP -
Na corrida das drags de salto alto, na Capital norte Americana, Donald Trump foi a fantasia mais popular. Até de bebê com mamadeira, ao lado de Melania... A Fada Sininho americana, com seu coque ouro e o salto stiletto... O "juiz da Suprema Corte", Brett Kavanaugh, acusado de assédio sexual, se solta na parada...
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ROTA DE DARWIN

Quando passou pelo Rio de Janeiro em 1832, o biólogo evolucionista Charles Darwin concluiu suas teorias da Evolução das Espécies e da Seleção Natural. Em homenagem à passagem do cientista pelo Estado, os deputados Carlos Minc e Zeidan apresentaram projeto de lei que cria a Rota Charles Darwin, envolvendo nove municípios fluminenses, constituída por antigas trilhas e estradas utilizadas pelo biólogo em sua passagem por aqui. O percurso compreende a faixa litorânea entre a Baía de Guanabara e a cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos. Que boa ideia!

TALENTO DA FAVELA

Na sua reta final, a novela “O segundo sol” vai ganhar uma atriz originária da Central Única das Favelas, a CUFA. Juliana Nalú, seu nome, vai interpretar Marina, contracenando com Chay Suede, o Ícaro. Ela foi a vencedora do Casting CUFA, um concurso de teatro para jovens moradores da favela, que aconteceu em 2016, em parceria com o Caldeirão do Huck. O prêmio foi uma bolsa na escola de teatro CAL

Os projetos da CUFA já revelaram talentos como o jogador de futebol Matheus Alessandro e a lutadora de MMA, Priscila Pedrita.

NIKITI DE BIKE

A exemplo do que o Rio de Janeiro já faz e do que Haddad introduziu na cidade de São Paulo, Niterói também quer estimular o uso da bicicleta para a cidade ser mais saudável e sustentável. A prefeitura abriu edital para garantir um sistema de bicicletas compartilhadas. A proposta vencedora seja anunciada no início do ano, prevendo para 2020 a implantação esse sistema, dentro do Programa Niterói Que Queremos, formulado através de consulta à sociedade.

A CANETA DO CRIVELLA

Com uma autorização precária para funcionar, o pólo gastronômico do Baixo Uruguai, na Tijuca, finalmente virou lei aprovada pela Câmara dos Vereadores. Proposto pelos vereadores Reimont e Fernando Williams, o projeto de lei delimita o espaço urbano, estabelece normas de horário e de ocupação das calçadas por mesas e cadeiras. Para passar a vigorar, só falta a caneta do Crivella.

Esperamos que o prefeito não use a mesma caneta com que vetou, semanas atrás, outra lei para alegrar o povo: a que assegura a atuação de pelo menos um artista local na abertura ou durante a apresentação de eventos culturais contratados com verbas municipais. Porém, este veto do prefeito foi vetado pelos vereadores, e desde ontem está assegurado por lei esse benefício ao povo de teatro, circo, música e dança.

FLAVINHO QUERIDO

Ah, essa Fiorentina é mesmo a mãe do teatro brasileiro. Será lá que, dia 5, o autor e diretor Flávio Marinho lançará seu livro com o texto da peça “Irmãozinho Querido”, que bomba no Teatro Ginástico. A peça gira em torno da rivalidade entre irmãos, de modo amoroso e com bom humor.

A HORA DO NEGRO

O governo federal está promovendo uma consulta aos povos tradicionais de matriz africana para a criação do II Plano Nacional de Desenvolvimento dos Povos Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiro, o que é fruto de muito empenho dos movimentos negros durante a Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. É política que enfim se fará para o povo da matriz africana.

O formulário é grande, mas é de suma importância que todos, negras e negros, o preencham e depois confirmem, clicando no link de confirmação. Essa é a hora. Se os negros não atenderem a esse chamado, o plano não será realizado, sob a alegação que o povo público alvo não aderiu. E a coluna divulga com prazer. http://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/outubro/aberta-consulta-publica-para-ii-plano-nacional-para-povos-e-comunidades-tradicionais-de-matriz-africana

REPÚBLICA DO NORDESTE

O desempenho do eleitorado nordestino caracterizou o Nordeste como a região progressista do país, daí ter surgido a ideia da criação de uma suposta República Federativa do Nordeste, com os cargos já todos ocupados. Presidente, Fernando Haddad; vice, Manuela; Ministro das Relações Exteriores, Roger Waters; Ministra da Fechação, Daniela Mercury; Ministro da Cultura de Resistência, Chico Buarque, por ter avô pernambucano e tataravô baiano (assume, logo que receber a bênção do Padim Cícero e cidadania nordestina). Ministro do Desenvolvimento Social, O Papa Francisco.

A Capital seria Salvador, mas como Haddad ganhou em 100% das urnas do Piauí, a sede federal passou pra Teresina, por merecimento. Bandeira, vermelha. E verde, e rosa, e azul, e amarela, e roxa, e preta, e branca, com cactos e corações e com estrelas tiradas do chapéu de lampião. Hino, escrito por Lenine, Lula Queiroga, Caetano e Gil, com o título “Ao redor do buraco, tudo é beira”. Lema, “Se não aguenta, pra que veio?”. Idioma, o português armorial, com a palavra “visse” inserida na gramática. Estado laico, livre, leve e solvo.

CONVITE TENTADOR

Neste sábado, na Estação Net Botafogo, tem sessão de gala para convidados do filme “Los Silencios”, de Beatriz Seigner, a diretora de “Bollywood Dream”. O longa, premiado no Festival de Brasília, conta a história de Amparo (Marleyda Soto), que tem que lidar com o desaparecimento da filha e do marido (Enrique Diaz), enquanto espera seus documentos para passar pela fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, fugindo de conflitos armados.

PRÊMIO CABORÉ

Desde 1980, o Prêmio Caboré consagra os principais profissionais do mercado publicitário e as empresas da indústria da comunicação no Brasil. Esta semana, teve início a escolha dos profissionais e empresas que participarão da festa. Os ganhadores da 39ª edição desse prêmio, o mais prestigiado do país, serão conhecidos dia 4 de dezembro, em noite de gala no Credicard Hall, em São Paulo.

Neste ano, a exemplo do que ocorreu no prêmio da ABP, com 21 indicações de mulheres, elas são maioria pela primeira vez do Caboré, com 12 concorrentes. Um dos troféus mais cobiçados é o de “Empresário ou Dirigente da Indústria da Comunicação”. A ele, concorrem: o poderoso Carlos Henrique Schroder, da Rede Globo; Ana Célia Biondi, da JCDecaux, e Hugo Rodrigues, da WMcCann.

A DANÇA DAS CAVEIRAS

O Halloween dos mexicanos é a grande celebração de Finados, que começa a ser festejada (isso mesmo, fes-te-ja-da) em 31 de outubro, indo até 2 de novembro. É quando as cidades se pintam de caveiras, honrando os falecidos, e a população veste roupas com esqueletos pintados ou se fantasia de Morte e enfeita as casas com flores, velas, incensos e mais caveiras.

O México adora uma caveirinha desde a fase pré-hispânica, quando todos decoravam as casas com crâneos dos inimigos, como troféus. Diz a lenda que, nesses três dias, os mortos voltam do Além para visitar os parentes. Muito divertido.

Já aqui, bastou um candidato a presidente dizer “Caveira!”, e a gente morreu de medo.

DRAG NÃO DESCE DO SALTO

Washington DC, onde fica a Casa Branca de Trump, é uma cidade democrática e bem-humorada. Há 32 anos, na véspera do Halloween, acontece na Capital dos EUA a Corrida Anual de Drags de Salto Alto (fotos abaixo). Caracterizadas, milhares de drag queens saem em disparada, com seus sapatos de salto stiletto, pela Rua 17 abaixo. E o povo, encantado, lota as calçadas para assistir a esse desfile extravagante com cenas picante e muito riso.

Este ano, duas fantasias foram as mais populares: a de Donald Trump e a de Prefeita de Washington, Muriel Bowser. Com fair-play, a política cumprimentou uma a uma as suas “covers”, apertando mãos e posando junto para selfies. Fez lembrar a Martha Suplicy. Já Trump não apareceu, mas também não implicou com o evento nem com as chacotas. É da alma do americano prestigiar o sense of humour. Já no Brasil...

Macaque in the trees
Na corrida das drags de salto alto, na Capital norte Americana, Donald Trump foi a fantasia mais popular. Até de bebê com mamadeira, ao lado de Melania... A Fada Sininho americana, com seu coque ouro e o salto stiletto... O "juiz da Suprema Corte", Brett Kavanaugh, acusado de assédio sexual, se solta na parada... (Foto: AFP)

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FALANDO GROSSO e séria, a drag Suzy Brasil fez vídeo comunicando à praça: “Parceiros, a parada é a seguinte: de hoje em diante não sou mais gay, não vou mais fazer pegação. Com o governo super maioria, essa parada de minoria pra mim não deu. Sou hetero, sou boy, sou...”. Nessa hora, a voz grossa dá uma afinada, e Suzy joga a toalha: “Ai, não consegui, não... Tudo bem, pode me matar”.

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Com João Francisco Werneck