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O tempo "ruge" para o Fla

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O novo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, assumirá pregando a união de todos os rubro-negros. Acho difícil que tenha pleno êxito, mas a iniciativa é positiva e necessária. Em seus seis anos à frente do clube, Eduardo Bandeira de Mello foi se isolando cada vez mais, a ponto de perder parte do apoio até do “SóFla”, a corrente política que lhe deu maior sustentação, quando do racha da chapa azul, há três anos, no momento em que ele decidiu disputar a reeleição, rompendo com Wallim, Bap e outros.

O “SóFla” é, aliás, um dos legados preocupantes de Bandeira. Um clube dentro do clube, que tem as suas próprias regras e acha que pode discriminar quem pensa diferente. Landim precisará ser hábil politicamente para deslindar esse feudo fundamentalista que acha que o Flamengo nasceu ontem e nenhum de seus ex-dirigentes teve valor. Os cento e vinte e três anos de glória, na cabeça de quem pensa assim, devem ser obra do Espírito Santo ou do acaso.

É importante também que Landim e Marcos Braz, agora oficialmente o vice-presidente de futebol, nomeiem logo Abel, para que ele possa começar a planejar a temporada de 2019. Há muito trabalho a ser feito e o foco, naturalmente, é a Libertadores, competição que o técnico já ganhou, com o Internacional – quando conseguiu também o título mundial, diante do Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, no melhor de sua forma.

É preciso igualmente escolher logo o novo do nome diretor técnico e o de Fábio Luciano, que começa a ser especulado, parece bom. Mas é fundamental que se afine bem com Braz e Abel. Carlos Noval, se houver boa vontade política, pode retornar às divisões de base.

O importante agora é agir logo. Como costuma dizer o Bagá, em seu linguajar de ciclope ignorante, “o tempo ruge”... npnppn

Muita raça, pouca técnica

A final da Libertadores, em Madrid, foi de deixar os torcedores de cabelos em pé. O que faltou ao jogo de técnica, sobrou de emoção. O Boca Juniors foi melhor no primeiro tempo, quando venceu por 1 a 0, com um belo gol de Benedetto, mas o River reagiu e o superou no segundo, chegando ao empate em outra linda jogada, finalizada por Lucas Prato.

Na prorrogação, a expulsão de Barrios, no primeiro minuto, desequilibrou de vez a balança. A partir dela, o Boca tentou levar o duelo para a disputa de pênaltis, mas o River desempatou com um chutaço de Quintero e selou a vitória e o título, no minuto final, com Pitty Martinez, quando, no desespero, até o goleiro adversário se tornou atacante e deixou a meta vazia. Pouco antes, o Boca mandara uma bola na trave do River, quase forçando os pênaltis. Uma final dramática como um tango.

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coluna | futebol