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Encontro marcado

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Flamengo e Renato têm encontro marcado hoje à noite, no Maracanã. Além do jogo, importantíssimo para ambos, na luta por uma vaga direta na Libertadores do ano que vem, servirá o compromisso também para uma boa conversa sobre o futuro? Ao lado de Abel, Renato é um dos sonhos de consumo das duas correntes políticas para dirigir o rubro-negro em 2019. Pelo que tem falado, em entrevistas, no Sul, meu xará me parece estar seriamente balançado com a ideia de voltar a morar no Rio, sua cidade predileta, por causa do clima, da praia e do futevôlei.

Se o Fla derrotar o Grêmio, praticamente carimbará sua vaga direta na Libertadores. Se manterá também com chances matemáticas (mínimas) de conquistar o título. Mas aí vai depender de tropeços improváveis do Palmeiras, que pode até ser campeão nesta rodada, se ganhar do América Mineiro e Fla e Internacional não vencerem (os gaúchos enfrentam o Atlético Mineiro).

Expulso infantilmente, contra o Sport, Lucas Paquetá não jogará. Isso é ruim ou bom? Tenho dúvidas. Desde que foi vendido em péssima hora para o Milan (dá-lhe, Bandeira!), seu futebol murchou e sua irresponsabilidade aumentou – vide o que aconteceu em Recife. Sem Paquetá, Diego volta a ser o responsável pela armação. Mas quem está pedindo passagem, aos berros, é Berrio. Tem desequilibrado sempre que entra.

A estrela sonha

Após quatro vitórias consecutivas, o Botafogo tenta manter vivo o sonho de uma vaga na Libertadores, enfrentando o Santos, na Vila Belmiro. A distância para o sexto colocado, o Atlético Mineiro, é de seis pontos. Entre eles, está o Atlético Paranaense, três atrás do Galo, três à frente do Glorioso. Mas o Furacão pode sair da disputa, se vencer a Sul-Americana. Se derrotar o Peixe, o Botafogo igualará também a maior sequência de vitórias do campeonato – cinco, do Flamengo, antes da Copa, ainda nos tempos de Maurício Barbieri.

Tite só pensa naquilo

Ao insistir com jogadores que já decepcionaram em duas Copas, como Paulinho e William (e já avisou que, em breve, voltará Fernandinho), Tite dá provas de que sua maior preocupação no momento é se agarrar ao cargo, não renovar a seleção, com vistas ao próximo Mundial, no Catar, em 2022.

A justificativa do treinador é a Copa América, que será disputada no Brasil, no ano que vem e que ele entende ter a obrigação de ganhar, como uma espécie de compensação pelo fracasso na Rússia. Voltamos, pois, à afirmação inicial. Seu interesse maior é permanecer no comando, ainda que atrasando uma reformulação que, evidentemente, se impõe.

Depois da Copa América, virão as eliminatórias sul-americanas e o argumento de que o fundamental será carimbar o passaporte para o próximo Mundial passará a ser usado para que se mantenham entre os convocados e, pior, no time titular, veteranos que na hora da verdade sempre decepcionaram. E como os adversários sul-americanos, faz muito tempo, não são mais testes reais, caminhamos, a passos largos, para mais dois anos de “me engana que eu gosto”.

Sem uma jogada sequer

Se na magra vitória sobre o Uruguai a seleção brasileira foi uma equipe de uma jogada só (bola no Neymar e seja o que Deus quiser), contra o ingênuo e limitadíssimo escrete de Camarões, nem isso foi possível, porque o craque teve que ser substituído com menos de dez minutos de jogo, ao sentir uma fisgada na virilha.

A partir daí o que se viu em campo chegou a ser constrangedor. Com um meio-campo formado por três volantes, Artur, Paulinho e Allan, o Brasil não foi capaz de criar praticamente nada e se enrolou de tal forma que por muito pouco não acabou empatando em 0 a 0 com os fraquíssimos africanos. Salvou-o uma cabeçada de Richarlisson, após um escanteio. E a trave, no último lance da partida.

Pouco, muito pouco, quase nada, nada mesmo.

Que zica!

A oito dias de enfrentar o Liverpool, no jogo que pode definir sua sorte na Liga dos Campeões, o Paris Saint Germain vê seus dois melhores craques sofrerem contusões, jogando a serviço de suas seleções: Neymar, teve um problema muscular, contra Camarões, e Mbappé, uma lesão no ombro, enfrentando o Uruguai. Se de fato não puder contar eles, só um milagre evitará que o PSG passe mais um ano na fila.

Valeu, Arnaldo!

Arnaldo César Coelho despediu-se ontem de sua carreira como comentarista de arbitragem. Conheci-o quando ainda apitava e, anos depois, tive o enorme prazer de trabalhar com ele durante dez anos, no SporTV. Assim, pude conviver de perto com uma das pessoas mais gentis e amigas que encontrei na televisão. Discutimos muito, na melhor acepção do termo, e demos também boas gargalhadas no “Bem, Amigos” e nos intermináveis jantares posteriores ao programa. Arnaldo faz muito bem em parar no auge, para curtir a vida, ainda com saúde e cheio de disposição. Afinal, enfim concordaremos, amigo, nesse caso a regra é mesmo clara: nada é mais importante que a família.