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A grande chance tricolor

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Apesar de todos os problemas, dentro e fora de campo, o Fluminense, quem diria, ainda tem chances de ser o carioca mais bem-sucedido da temporada. Isso acontecerá se vencer a Sul-Americana, colocando uma taça internacional na sala de troféus e garantindo uma, até bem pouco tempo impensável. vaga direta na fase de grupos da Libertadores do ano que vem.

Se isso acontecer, será a consagração do trabalho de Marcelo Oliveira, que chegou às Laranjeiras em baixa e conseguiu recuperar o ambiente de total desânimo no clube, responsável até pelo pedido de demissão de Abel Braga. Já há muita gente comparando os desempenhos do Flu sob o comando de um e de outro e achando que Marcelo está conseguindo tirar mais do elenco tricolor. Há controvérsias.

De qualquer forma, não deixa de ser surpreendente que um time que vive com os salários atrasados e perdeu seus dois melhores jogadores (Gustavo Scarpa, que se transferiu para o Palmeiras, e Pedro, contundido) tenha conseguido sobreviver até à troca de treinador, que parecia traumática, por tudo que Abel representava no clube.

Palmas para Marcelo Oliveira e também para quem “descobriu” a nova dupla de ataque, formada por Luciano e Everaldo – capaz de não deixar a torcida sentir saudades do artilheiro Pedro.

Contra o Atlético Paranaense, hoje, na grama artificial da Arena da Baixada, o Fluminense tenta manter vivo o sonho de ganhar a Sul-Americana. É um jogo difícil, como era também o último da fase anterior, contra o Nacional, no Parque Central, em Montevidéu. E o tricolor foi lá e venceu.

Esta noite, um empate com gols já será um bom resultado, trazendo a decisão da vaga na final para o Maracanã. Mas se der pra vencer... Time por time, sou mais o Flu.

Sem favoritos

Que o Flamengo vem jogando um futebol bem mais vistoso e eficiente que o Botafogo, nem o mais fanático torcedor alvinegro pode negar. Mas o clássico do próximo sábado, no Nílton Santos, está longe de ter um favorito. Em sua luta incessante para se afastar do Z-4, o Glorioso tem jogado as últimas partidas como se fossem finais de Copa do Mundo. Foi assim que conseguiu derrotar o Corinthians, no domingo passado. E assim, certamente dificultará bastante a tarefa do Flamengo no próximo jogo. Apesar da evolução evidente, sob o comando de Dorival Júnior, não custa lembrar as dificuldades que os atacantes rubro-negros têm encontrado na hora de decidir os jogos. E, desta vez, ainda encontrarão um complicador a mais: Gatito Fernandez, que enfim voltou à equipe, já fazendo milagre.

Semana de alívio

A vitória sobre o Fluminense afastou o Vasco um pouco mais da zona da degola e a diferença atual, de quatro pontos, lhe permite passar, no mínimo, mais uma semana fora do Z-4. O fantasma do rebaixamento, porém, pode voltar a assombrá-lo em caso de derrota para o Grêmio, lá na arena gaúcha, no domingo.

É um jogo especialmente complicado, porque o time de Renato Gaúcho, eliminado da Libertadores, concentra agora todas as suas forças numa arrancada final, no Brasileiro, para conquistar uma vaga direta na Libertadores do ano que vem – no momento, está em quinto lugar e teria que disputar a fase anterior a de grupos. Um empate no Sul já seria um grande resultado para o Gigante da Colina.

Desculpa esfarrapada

Sob o argumento de que não seria justo utilizar o VAR somente nas seis últimas rodadas do Brasileiro, a CBF recusou o pedido do Internacional, que era avalizado por vários outros clubes da série A. Há, na verdade, um temor de que algumas das polêmicas que têm acontecido nos últimos jogos com a utilização do árbitro de vídeo, se repetissem em partidas decisivas, na parte de cima ou de baixo da tabela.

E se acontecerem novamente marcações escandalosamente equivocadas, como a do pênalti marcado no último minuto, a favor do Inter, contra o Atlético Paranaense? Foi o tipo do lance que o VAR teria corrigido com facilidade. Mas a CBF, como sempre, prefere bancar o avestruz e enfiar a cabeça na areia, deixando aquele baita bundão de fora.

Grande notícia

O Ministério Público propôs ação que contesta a eleição de Rogério Caboclo, na CBF. Alega, com inteira razão, que faltou transparência no processo eleitoral. Transparência, na verdade, está em falta na CBF faz MUITO tempo. Basta ver o que aconteceu com os seus últimos três presidentes...

Cabeça nas nuvens

Hélio Paulo Ferraz e Humberto Mota, correligionários do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, organizaram um encontro dele e de Ricardo Lomba, com o governador eleito Wilson Witzel. A ideia era entregar uma camisa rubro-negra ao futuro governante, conversar sobre o Maracanã e produzir um vídeo que seria utilizado pela campanha da situação, que tem o atual vice-presidente de futebol como candidato. Tudo muito bom, tudo muito bem, exceto por um pequeno detalhe: Lomba esqueceu-se do compromisso (que aconteceu anteontem) e não apareceu...