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O brilho do moleque

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Vinte e sete minutos do segundo tempo, no Santiago Bernabéu. Com mais uma atuação opaca, o Real Madrid empatava em 0 a 0 com o modesto Valladolid, que já acertara duas vezes a trave dos donos da casa. Seria a sua sexta partida consecutiva sem vencer no Campeonato Espanhol.

Eis que o técnico Santiago Solari resolve substituir Asensio, colocando em seu lugar Vinícius Jr. E, assim como já fizera na partida contra o Melilla, pela Copa do Rei, o moleque entra e decide. Fez um gol e mudou o jogo, com suas arrancadas e dribles desconcertantes. No final, 2 a 0 para o Real Madrid e a pergunta que não quer calar, repetida incessantemente pelos jornais espanhóis e pelos torcedores. Quando Vini será titular?

Na péssima fase dos madridistas, desde a saída de Cristiano Ronaldo, o talentosíssimo jogador revelado nas categorias de base do Flamengo pode ser o sopro de renovação para reanimar Modric, Kroos, Benzema e Cia. Coragem, Solari!

Hora da revanche

Foi com uma derrota para o São Paulo, em pleno Maracanã, que começou a derrocada do Flamengo, após a Copa da Rússia. De lá pra cá, o tricolor paulista, que chegou a liderar a tabela por algumas rodadas, caiu muito de produção e o rubro-negro carioca, com a demissão de Maurício Barbieri e a chegada de Dorival Júnior, reencontrou o bom futebol.

O São Paulo não tem mais chances de conquistar o título – luta para se manter entre os quatro primeiros e garantir assim uma vaga direta na Libertadores do ano que vem. O Flamengo ainda sonha, mas precisa vencer tudo daqui pra frente e continuar torcendo por tropeços do Palmeiras. O jogo tem tudo para ser animado. É hora da revanche do Fla.

Alívio cruz-maltino

O Fluminense surpreendeu, escalando praticamente todos os seus titulares e dominou o primeiro tempo de uma partida morna, num Maracanã com um público indigno da história do clássico. O Vasco, porém, saiu com a vitória, graças a um gol de pênalti, cobrado por Máxi Lopez. A qualidade do futebol praticado, porém, foi de chorar. E ainda houve confusão no final, com a tentativa de Sornoza de agredir Rildo. Uma lástima.

Seja como for, o Gigante da Colina tem motivos para comemorar. Com os três pontos conquistados, afastou-se um pouco mais do Z-4 e agora, com 38 pontos, precisa de mais sete (em seis rodadas) para escapar daquele que ainda pode ser o seu quarto rebaixamento em 11 anos. Ficou mais fácil.

Ao Fluminense resta a Sul-Americana, já na próxima quarta-feira, contra o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada. Precisará jogar bem mais do que jogou ontem para bater o Furacão...

Aumenta a pressão

A vitória do Vasco aumentou a pressão sobre o Botafogo, que joga em casa, hoje, contra o Corinthians. Ainda sem o artilheiro Kieza, precisará dos gols de Brenner, Erik e Pimpão, que formarão o ataque titular. Time por time, o Timão é ligeiramente superior ao Glorioso. Jair Ventura, agora do outro lado, volta ao Nilton Santos, palco de seu bom início de carreira. De lá pra cá, ainda está devendo.

Parabéns, Ceni

Com uma campanha espetacular, o Fortaleza, de Rogério Ceni, está de volta à Série A. Fiquei feliz, mais pelo técnico do que pelo time, que não creio que possa permanecer muito tempo na elite. O trabalho de Rogério, classificando seu time com quatro rodadas de antecipação, foi irretocável. Quando ele voltará a ter uma chance de dirigir um grande do futebol brasileiro? A estreia, logo no São Paulo, foi precipitada. Acredito que agora ele esteja bem mais experiente e em condições de aceitar um novo desafio.

Recital de tênis

O que Novak Djokovic e Roger Federer fizeram, na semifinal do Masters 1000 de Paris, ultrapassou as raias de um grande jogo. Pode-se dizer que o que se viu na arena de Bercy foi um autêntico recital de tênis. Equilibradíssimo, do primeiro ao último ponto. De um nível só visto em partidas entre monstros sagrados das quadras, como o sérvio e o suíço.

Venceu Djokovic, por 7/6 (6), 5/7 e 7/6 (3), mas poderia ter triunfado Federer, tão parelho foi o duelo, repleto de jogadas daquelas de tirar o fôlego e levar a plateia aplaudir de pé. Roger disparou ao todo 54 winners e salvou 12 breaks points, terminando o jogo sem ter o serviço quebrado. Nole perdeu um game de serviço (no final do segundo set), mas foi mais efetivo nos tie-breaks.

– Já tivemos grandes duelos na nossa longa rivalidade, mas esse foi, com certeza, um dos melhores que já jogamos. Altíssima qualidade de tênis. Bem próxima à do jogo que fiz com Nadal, na semifinal de Wimbledon deste ano e que considero um dos melhores de toda a minha carreira – disse Novak, após a sua vigésima segunda vitória consecutiva na temporada.

Djokovic disputa a final do Masters de Paris hoje contra o surpreendente jovem russo Karel Kachanov, que eliminou, em sequência, Alexander Zverev e Dominic Thiem. A decisão está marcada para as 11 horas, com transmissão do SporTV. Independentemente do resultado, Nole voltará ao número 1 do ranking, a partir de amanhã. Se levantar mais esta taça, se igualará a Rafael Nadal como recordista de títulos de Masters 1000, com 33 conquistas cada um.