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A Liga vem aí

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Aproximidade do presidente do Atlético Paranaense, Mário Petraglia, com o presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, deve facilitar a criação da tão sonhada Liga dos Clubes (nos moldes da Premier League), diminuindo consideravelmente o poder e a influência nefasta da CBF no futebol brasileiro.

Petraglia, Andrés Sanchez, do Corinthians, e Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo, foram os únicos presidentes de clube que não votaram em Rogério Caboclo, na última eleição para a presidência da CBF. Bandeira deixa o cargo no final do ano, mas seu sucessor, seja Lomba, seja Landim, manterá a linha política de oposição ao “afilhado” de Marco Polo del Nero.

Com Corinthians e Flamengo, lado a lado, e o apoio do Planalto, a Liga só não sai se os demais clubes forem muito incompetentes – ou do contra.

Maracanã para os clubes

Se não for apenas promessa de político, o que o governador eleito do Rio, Wilson Witzel, disse ontem, em entrevista ao programa Donos da Bola, da TV Bandeirantes, soou como música para os ouvidos dos amantes do futebol. Ele pretende fazer nova licitação do Maracanã, com a participação dos clubes e empresas com expertise na gestão de arenas. Está mais do que na hora de tirar o outrora “maior e mais belo estádio do mundo” das mãos da assumidamente corrupta Odebrecht, que o conquistou numa licitação na época do governo Sérgio Cabral, ora presidiário. Beira as raias do absurdo que isso ainda não tenha sido feito.

Incompetência generalizada

É inacreditável que a barração de Diego Alves continue a gerar uma crise interminável no Flamengo. Descobre-se agora que houve duas reuniões no Ninho do Urubu, nas últimas terça e quarta-feira, a primeira do goleiro com o elenco e outra de todos com Dorival Jr. A última acabou em bate-boca de Diego com o técnico, com os dois quase indo às vias de fato, o que só não aconteceu graças à intervenção da turma do deixa disso.

Agora, me digam: o que fazem no Flamengo o vice-presidente de futebol Ricardo Lomba e o diretor executivo Carlos Noval? Como permitem que a confusão se estenda indefinidamente e chegue a esse ponto? É assustadora a incompetência dos homens que comandam o futebol rubro-negro. Que, diante dos problemas, continuam a enfiar a cabeça no buraco, deixando a bunda de fora.

Se o comando do futebol rubro-negro fosse minimamente competente já teria conseguido colocar panos quentes na crise e esclarecido tudo em uma entrevista coletiva. Da última vez que falaram, Lomba e Noval disseram que iam tratar de tudo internamente. Não foram capazes nem disso.

Final de Copa

Com apenas uma vitória nos últimos cinco jogos e um pontinho somente à frente do Z-4, o Vasco encara o clássico de amanhã, contra o Fluminense, no Maracanã, com uma autêntica final de Copa do Mundo. Uma derrota pode precipitá-lo no abismo do qual será complicado escapar nas últimas rodadas. Por isso mesmo, o técnico Alberto Valentim promete uma tática extremamente ofensiva.

Para sua sorte, o Flu deve poupar os jogadores mais desgastados após a heroica classificação na Sul-Americana, que passou a ser a sua prioridade neste final de temporada. Com 40 pontos conquistados, o tricolor já não tem muitos motivos para temer o fantasma do rebaixamento.

Reforço de peso

Com o mesmo número de pontos do Vasco, o Botafogo vem de duras derrotas seguidas e também precisa desesperadamente da vitória contra o Corinthians, no domingo, no Nilton Santos. A grande notícia é a volta do goleiro Gatito Fernández, após longo tempo ausente, por causa de contusão. Com ingressos custando até R$ 5, a expectativa é levar um bom público ao estádio. O treinamento de amanhã será aberto para a torcida.

A maldição do sobrenome

Pietro Fittipaldi, 22 anos, neto do bicampeão Emerson, deve testar um Fórmula-1 da Hass, ainda este ano – após o GP de Abu Dhabi, o último da temporada. Ele tem mostrado muito talento em várias categorias do automobilismo mundial e se mostra completamente recuperado de um sério acidente no qual fraturou as duas pernas, nos treinos para as 6 horas de Spa-Francorchamps. Seu irmão, Enzo, 17 anos, também vem chamando a atenção na F-4 e já é membro da academia de pilotos da Ferrari.

Tomara que sejam capazes de vencer a maldição do sobrenome dos nossos campeões na F-1. Até agora, todos os parentes de Emerson, Nelson e Ayrton que se aventuraram nela fracassaram: Christian Fittipaldi, Nelsinho Piquet e Bruno Senna. Há, entretanto, fora do Brasil, casos de pai e filho campeões do Mundo na F-1, como os ingleses Graham e Damon Hill.

Clássicos à vista

Apesar da inesperada desistência de Rafael Nadal, que sentiu uma contusão muscular no abdômen e talvez nem jogue o ATP Finals, em Londres, o Masters 1000 de Paris pode ter semifinais empolgantes. Nas quartas-de-final, Sascha Zverev encara Karen Kachanov; Dominic Thiem pega Jack Sock; Novak Djokovic enfenta Marin Cilic e Roger Federer, Kei Nishikori.

As semifinais dos sonhos para os amantes do bom tênis seriam, de um lado, os jovens Zverev x Thiem e, do outro, os veteranos Djokovic x Federer. Que os azarões não estraguem a festa.