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VAR é bom mas juízes são péssimos

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O problema não é o VAR. Bem usado, ele é a solução. O problema está nos nossos juízes de futebol, péssimos faz muito tempo. Os erros na final da Copa do Brasil foram piramidais. Beira o inacreditável o fato de os árbitros lá de cima, e posteriormente o de baixo, verem e reverem as jogadas no vídeo, com direito a replays de vários ângulos, e ainda assim cometerem equívocos tão primários.

É claro que não foi pênalti de Thiago Neves em Ralf. Nem tampouco falta de Jadson em Dedé, que fez uma encenação vergonhosa, simulando um bofetão na cara, e por isso merecia até ser punido com o cartão amarelo. Mas, mesmo assim, suas “senhorias” conseguiram enxergar o que não houve. E por pouco não comprometem de vez a decisão do título, conquistado com toda justiça pelo Cruzeiro.

Fiquei com a nítida impressão de que a anulação do golaço de Pedrinho foi para compensar o pênalti absurdo marcado um pouco antes para o Corinthians. Depois da lambança, com certeza, chegou à turma do VAR, lá na cabine, a baita repercussão negativa da primeira marcação – em tempos de redes sociais tão ativas, isso é instantâneo. E aí, os juízes, de cima e de baixo, apelaram para uma velha e lamentável artimanha dos nossos homens de preto: dar uma acochambrada básica a favor do prejudicado, para não ficar tão mal na fita. Conseguiram ficar ainda pior.

Se tivéssemos um comando de arbitragem minimamente competente e preocupado com o nível dos juízes daqui, todos, vou repetir, TODOS os envolvidos na final entre Corinthians e Cruzeiro deveriam ser afastados, suspensos e obrigados a uma reciclagem completa.

Foi uma vergonha o que aconteceu, na noite de quarta-feira, no Itaquerão. Parece até que há uma premeditada intenção de desmoralizar o auxílio da tecnologia, para o qual a maioria da turma do apito sempre torceu o nariz. Podem torcer à vontade. O VAR veio para ficar. E para expor e desmoralizar os incompetentes, que mesmo com o auxílio dele conseguem fazer uma arbitragem tão caótica como a da final dessa Copa do Brasil.

Perigo real e imediato

Derrotado de forma incontestável, o Corinthians não somente está fora da Libertadores do ano que vem, como deve passar a se preocupar com a permanência na Primeira Divisão. Está, no momento, a apenas quatro pontos do Z-4 e se perder para o Vitória, no Barradão, no próximo domingo, já ficará em situação delicada. Não custa lembrar que o Timão vem de duras derrotas consecutivas e apenas uma vitória nas últimas cinco partidas. A classificação para a final da Copa do Brasil criou uma falsa ilusão de que a substituição de Osmar Loss por Jair Ventura melhorara o time. Não melhorou bulhufas, até porque o elenco é fraco.

Se acontecer o rebaixamento do Corinthians (o segundo em onze anos), será a primeira vez na história do nosso futebol que um campeão brasileiro cai no ano seguinte à conquista do título. Em suma: um vexame colossal.

Na espreita

Botafogo e Bahia, que se enfrentam amanhã, no Nílton Santos, são dois dos times que podem ultrapassar o Timão, já nesta rodada. O Glorioso está empatado com os paulistas, perdendo no critério de desempate (número de vitórias). Os baianos vêm um ponto atrás.

Come quieto

Muito se fala no poderio dos times paulistas, mas nos últimos seis anos, ninguém ganhou mais títulos nacionais do que o Cruzeiro: bicampeão brasileiro em 2013 e 2014 e bicampeão da Copa do Brasil em 2017 e 2018. Com técnicos e elencos diferentes entre os dois bis. Justificando a fama do mineirinho, o Trem Azul vai comendo quieto e colecionando taças, com um orçamento bem menor do que os gigantes paulistas e o Flamengo.

Histórico preocupante

É péssimo o retrospecto do Flamengo no Paraná. Seja contra o Atlético Paranaense, o Coritiba ou o Paraná, adversário de domingo, o rubro-negro sempre perdeu lá muito mais do que ganhou. Agora, o adversário é o lanterna da competição, derrotado em quatro dos últimos cinco jogos (empatou o outro). A vitória, desta vez, é obrigatória, se o Fla quiser continuar sonhando com o título. Diego já voltou aos treinos, mas duvido que Dorival mexa no time, que vem de duas vitórias convincentes por 3 a 0, sobre o Corinthians e o Fluminense. Mais que nunca, vale a máxima de que em time que está ganhando não se mexe.

Pindaíba geral

Fluminense, Vasco e Botafogo estão com os salários atrasados e dependendo de adiantamento das cotas de TV do ano que vem para equilibrar, momentaneamente, suas finanças. É triste ver a situação em que chegaram e, pior, não haver no horizonte a menor perspectiva de melhora. Gastam (mal) bem mais do que arrecadam. E parecem não estar nem um pouco preocupados com isso. É a política de viver apagando incêndios que são cada vez maiores. Do jeito que vão, mais cedo ou mais tarde, virarão cinzas. Pobre futebol carioca. Dá-lhe, Rubinho, o cartola que conseguiu a proeza de me fazer sentir saudades do Caixa D’Água...

A volta dos dinossauros

Felipão brilha no Palmeiras, Dorival deu novo ânimo ao Flamengo, Cuca fez renascer o Santos e Levir Culpi está de volta ao Atlético Mineiro. Enquanto isso, Maurício Barbieri e Thiago Larghi estão desempregados e Zé Ricardo e Jair Ventura patinam no Botafogo e no Santos. A renovação dos nossos técnicos já era...