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Notas de uma sexta-feira atípica

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Pensamentos rubro-negros, assistindo a Corinthians e Flamengo.
Quem disse que a noite de sexta-feira foi feita para o futebol? Pois é... Começou com uma pelada ferrada, num gramado medonho, na Ilha do Retiro, e a surpreendente vitória do rubro-negro Sport sobre o Internacional. Bom presságio? No mínimo, uma oportunidade para diminuir a diferença de um dos primeiros na tabela.
Antes de rolar a bola, olha lá o Jair Ventura dizendo que espera que o resultado seja o mesmo da semifinal da Copa do Brasil. Que marra! Se algum dia esse cara ganhar um título, sai de baixo...
Ai, meu Deus, Dorival ressuscitou o Renê e barrou Trauco!
Bonita a camisa do Corinthians, homenageando Ayrton Senna. Pena que vai estrear com derrota. Haja otimismo (sem nenhuma justificativa) no ar.
Vitinho começa o jogo apanhando da bola. Quando será que vai se reconciliar com ela?
Renê perde uma jogada na intermediária, arma o contra-ataque nas suas costas e o Corinthians chega com perigo. Viu o que você fez, Dorival?
Dez minutos de um jogo e, numa falta de Arão, junto à lateral, Jair Ventura já vai cornetar o juiz. Essa área técnica é uma das invenções mais estúpidas do futebol. Só serve pra treinador fazer teatro e infernizar a arbitragem.
No primeiro ataque perigoso do rubro-negro, Renê cruza rasteiro, mas ninguém do Fla toca na bola. Alô, Uribe, tá vendo esse negócio redondo aí que passou na sua frente? É pra meter o pé e colocar lá dentro daquela baliza ali, sacou?
O comentarista da TV diz que até o momento a melhor atuação é de Everton Ribeiro e, ato contínuo, ele tenta um passe de letra, perde a bola no meio-campo e lá vai o Timão no contra-ataque, que acaba em escanteio. Não leve a mal, mas dá pra ficar calado, aí, amigão?
Como de hábito, o Flamengo tem muito mais posse de bola. Mas não ameaça o gol de Cássio, embora o time esteja tentando ser mais incisivo, sem tantos toquinhos pro lado e pra trás e rodopios inúteis.
Vitinho faz boa jogada, pela esquerda, cruza pra trás e Lucas Paquetá obriga Cássio a fazer a primeira defesa do jogo. Já é uma evolução.
Uribe recebe um bom passe dentro da área, mas se atrapalha todo: “Hola, hombre, esta chica se llama pelota, ok? E tu eres um pelotudo”.
Everton Ribeiro arranca, driblando, e acaba derrubado. Falta no bico da área. Vitinho bate bem e a bola passa raspando. Fla é melhor no jogo.
Nova arrancada de Everton Ribeiro, que passa pra Vitinho, que chuta, de curva. Mais uma vez, a bola passa perto. O Corinthians está acuado. Mas, gol que é bom, nada! Persiste a maldição do estagiário, que teve a cara de pau de dar uma entrevista culpando o clima político pelos problemas que diz ter afetado o time. Como dizia o Romário, Barbieri calado é um poeta.
Por falar em entrevistas, um parêntesis: Juninho Pernambucano, lá dos EUA, deu longa e chorosa entrevista ao El País Brasil, dizendo, entre outras barbaridades, que Vitinho será perseguido pela torcida do Flamengo por ser negro. É impressionante a capacidade de falar bobagem do outrora Reizinho da Colina. Segue o baile.
Mais um cruzamento rubro-negro, dessa vez de Arão, pela direita, e Uribe, adivinha, chega atrasado. Hay que tener paciência, hermanos... Mucha!
Bolinha na tela, gol do Santos, lá no Barradão, contra o Vitória. O time de Cuca está chegando. O Flamengo que ponha as barbas de molho.
Escanteio pela esquerda, Vitinho cobra e Uribe – alvíssaras!!! – toca na bola! De cabeça, pra fora. Mas já é um avanço! Mucho gusto, pelota!
Lambança colossal de Arão, na entrada da área e César faz dois milagres para evitar o gol do Corinthians. Sufoco. Num jogo completamente dominado! Inacreditável. Isso é Flamengo.
Termina o primeiro tempo: 0 a 0 no placar. Resultado ruim para os dois.
Recomeça a partida e o panorama é o mesmo. Domínio total do rubro-negro. Num chute de fora da área, Réver obriga Cássio a espalmar a escanteio. Pressão do Fla, interrompida por uma queda de Uribe dentro da área. Era pra cabecear a bola, não as costas do goleirão adversário, mané!
TV mostra o talentoso moleque Pedrinho, pronto para entrar no jogo. Espero que não repita o que fez na eliminação rubro-negra na Copa do Brasil. Reprise de filme de terror, ninguém merece.
Antes que o menino entre, Vitinho cobra um escanteio e.... 1 a 0. Lucas Paquetá, de cabeça! Será que agora vai?
Vai! Mais um escanteio e, depois de um bate-rebate, a bola sobra para nova conclusão de Paquetá, dessa vez de canhota. 2 a 0 e vitória garantida.
Com direito a um terceiro gol, marcado por Renê, já nos acréscimos.
Como o Flamengo conseguiu empatar com esse timeco no Rio e perder no Itaquerão?
Ah, se tivessem mandado o estagiário embora mais cedo!