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Neymar sinaliza mudança positiva

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Neymar participou do lance do gol de MBappé, quando os franceses chegaram a empatar a partida no Anfiel, mas teve desempenho discreto na derrota do Paris Saint-Germain para o Liverpool, por 3 a 2, na estreia dos dois times na Liga dos Campeões. Uma coisa importantíssima, entretanto, deve ser destacada e louvada em sua atuação: ele não simulou faltas, não se jogou ao chão nem sequer uma vez e tampouco discutiu com a arbitragem. Pelo visto – Aleluia! -, se convenceu de que precisava mudar, após o vexame na Copa. E isso, por si só, é uma grande notícia.

Escalado mais pelo meio, como um clássico meia-esquerda, Neymar buscou o jogo, preferiu os passes aos dribles, fez alguns bons lançamentos e ajudou até na marcação (chegou a levar um drible desmoralizante de Mané, num lance na lateral-esquerda do PSG). Em suma, jogou muito mais para a equipe o que para si próprio, outra boa novidade.

Pode ser até que o fato de atuar na Inglaterra, onde é mais criticado, tenha sido determinante na mudança – mesmo sem cair, toda a vez que pegava na bola era vaiado. Seja como for, ficou a sensação de que a ficha caiu pra Neymar. E se ele continuar a se portar assim, quando sua refinada técnica voltar a aflorar, o futebol agradecerá penhorado.

Jogão de bola

O placar final de 3 a 2, com o gol da vitória, de Roberto Firmino, já nos acréscimos, pode dar a ideia de um jogo mais equilibrado do que realmente foi. O Liverpool chegou a fazer 2 a 0, na primeira etapa e o PSG diminui num lance casual. Depois do intervalo, os ingleses tiveram várias oportunidades para ampliar a vantagem, não conseguiram e começaram a se acomodar.

Aí veio o empate, numa bobeada de Salah, em seu próprio campo, perdendo a bola e permitindo uma arrancada de Neymar que acabou numa bola dividida e chutada por MBappé. Mas Roberto Firmino (que estava no banco, por causa de uma contusão no olho, sofrida no jogo contra o Tottenham) entrou e desempatou, ao apagar das luzes, com dois dribles desmoralizantes em Marquinhos, antes de chutar cruzado para a rede.

O jogo de volta, em Paris, promete.

A Pulga acordou

Fora da lista dos três melhores jogadores do mundo eleitos pela Fifa, Lionel Messi estreou com tudo, marcando três dos gols do Barcelona, na goleada por 4 a 0, sobre o PSV. Dembelé marcou o outro. O Barça é candidatíssimo a levantar a orelhuda nesta Champions.

Papo furado

No lançamento de sua candidatura à presidência, o atual vice de futebol do Flamengo, Ricardo Lomba, garantiu que tem total autonomia para decidir os destinos do rubro-negro no mundo da bola. Não tem. Nada é feito sem a palavra final do presidente Eduardo Bandeira de Mello que, numa segunda-feira em que a Gávea fervia, depois do melancólico empate com o Vasco, nem sequer compareceu ao clube, pois estava em campanha, no interior do estado – ele tenta se eleger deputado estadual.

O principal mandatário não foi também à entrevista coletiva em que Lomba se lançou candidato da situação. Mandou um vídeo gravado e olhe lá. É Bandeira quem ainda mantém Maurício Barbieri no cargo, como manteve também Zé Ricardo por muito mais tempo do que deveria – perdendo, inclusive, a chance de contratar Abel, quando ele estava disponível e disposto a assumir o rubro-negro.

Se, entretanto, o Flamengo não conseguir derrotar o Atlético Mineiro, no Maracanã, no próximo domingo, e for eliminado na Copa do Brasil, pelo Corinthians, na quarta-feira seguinte, nem o presidente conseguirá evitar a troca de treinador. O grande problema é que não há no mercado nenhum nome que realmente empolgue para assumir o time nos últimos meses da atual temporada.

Lobby eterno

É incrível e cheira até a mal a insistência de muitos jornalistas em colocar Vanderlei Luxemburgo como candidato ao cargo de técnico de todos os clubes grandes que demitem seus treinadores. Agora é a vez do Flamengo. Até Fake News andam percorrendo as redes, noticiando um acerto. Tudo cascata. Nenhum dos grandes sequer cogitou o nome dele nos últimos anos e, no caso do Fla, ao menos enquanto EBM for o presidente, essa chance é zero. Não custa lembrar que, ao sair do rubro-negro, já sob a atual administração, o técnico disse em alto e bom som que ninguém no clube entendia nada de futebol. Nisso, aliás, não estava errado. Mas se queimou definitivamente.

Triste realidade

A confirmação de que Pedro precisará mesmo operar o joelho e só voltará a jogar em 2019 é desastrosa para o Fluminense. Não somente pela falta que o artilheiro fará neste final de temporada como também porque, voltando de uma cirurgia, dificilmente, ele poderá ser negociado em janeiro, como planejava a diretoria, em eterna penúria financeira.

Enquanto isso, o tricolor negocia uma das joias da base, o atacante João Pedro, do sub-17, que irá para o Watford, da Inglaterra, em 2020. Chegará o dia em que veremos nossos clubes venderem até os fraldinhas...