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OMS lança campanha contra pandemias de gripe

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta segunda-feira uma "estratégia mundial" para proteger a população da gripe durante a próxima década, advertindo que novas pandemias são "inevitáveis".

As epidemias de gripe, essencialmente sazonais, afetam cerca de um bilhão de pessoas e causam centenas de milhares de mortos por ano, segundo a OMS, que estimou que se trata de um dos maiores desafios de saúde do mundo.

A "estratégia mundial de luta contra a gripe 2019-2030" desta agência da ONU busca prevenir a gripe sazonal, controlar a difusão do vírus dos animais para os humanos e se preparar para a próxima pandemia de gripe, explica a OMS em um comunicado.

"A ameaça da gripe pandêmica continua presente", declarou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O mundo viveu várias pandemias mortais de gripe, sendo a mais grave a de gripe espanhola, que em 1918 matou dezenas de milhões de pessoas.

Em 2009, a gripe pandêmica causada pelo vírus H1N1 deixou 18.500 mortos em 214 países.

"Outra pandemia de gripe é inevitável", advertiu a OMS, acrescentando que "neste mundo interconectado, a questão não é saber se vamos ter outra pandemia, mas quando".

O chefe da OMS insistiu na necessidade de vigilância e de preparação.

"O custo de uma epidemia grande de gripe superará amplamente o preço da prevenção", ressaltou.

A estratégia busca que cada país reforce seus programas de saúde básicos e desenvolva outros específicos contra a gripe para preveni-la e lutar contra ela.

A OMS recomenda a vacinação anual como o meio mais eficaz para prevenir a propagação da gripe, especialmente para o pessoal de saúde e as pessoas em risco.

Devido à mutação do vírus, a vacina deve ser regularmente atualizada e oferece, portanto, uma proteção limitada.

Mas Martin Friede, responsável de vacinação da OMS, declarou aos jornalistas que "em um mundo perfeito todo mundo deveria estar vacinado".

Tedros apontou que o trabalho dos últimos anos fez o mundo estar melhor preparado do que nunca para a próxima grande epidemia de gripe.

"Mas ainda não estamos preparados o suficiente. Esta estratégia busca nos levar até esse ponto", disse.

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