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Contas do Facebook removidas nos EUA estão ligadas à Rússia

Perfis foram anulados pouco antes de eleições de meio de mandato

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As 115 contas que o Facebook removeu da rede social e do Instagram poucas horas antes das eleições legislativas de meio de mandato nos Estados Unidos eram ligadas à Rússia.

O país já é acusado de interferir na corrida presidencial de 2016, ao supostamente patrocinar uma invasão aos servidores informáticos do Partido Democrata e uma rede de notícias falsas em benefício do republicano Donald Trump.

"Após um alerta das forças de ordem, bloqueamos mais de 100 perfis no Facebook e no Instagram porque eles estavam ligados à IRA", afirmou a empresa de Mark Zuckerberg, fazendo referência à Agência de Pesquisa de Internet (IRA), companhia de São Petersburgo suspeita de ser a "fábrica" de notícias falsas do Kremlin.

"É um alerta que nos faz entender que esses atores não desistem, e é importante que continuemos a trabalhar com o governo e outras empresas tecnológicas para não ficar para atrás", acrescentou o Facebook. Dos 115 perfis removidos, 30 eram da própria rede social e 85 eram do Instagram.

Em fevereiro passado, o procurador especial do "caso Rússia", Robert Mueller, denunciou 13 cidadãos e três entidades do país por suposta interferência nas eleições de 2016, incluindo a IRA. Moscou nega as acusações.

"Apesar de todas as fobias nos EUA, a Rússia nunca interferiu em processos eleitorais de nenhum país, incluindo os Estados Unidos, e não tem intenção de fazê-lo no futuro", declarou nesta quarta-feira (7) o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov.

Com a vitória do Partido Democrata na disputa pelo comando da Câmara dos Representantes, Peskov acrescentou que "é possível presumir, com um alto grau de certeza, que não há perspectivas brilhantes para a normalização das relações russo-americanas"

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