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Nobel de Química premia estudos sobre evolução das enzimas

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Os norte-americanos Frances Arnold e George Smith e o britânico Gregory Winter venceram nesta quarta-feira (3) o Nobel de Química de 2018.

Arnold, quinta mulher na história a conquistar a honraria, ficará com metade do prêmio de 9 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4 milhões) por suas pesquisas sobre a evolução das enzimas, proteínas que catalisam reações químicas.

Seus métodos são usados para desenvolver novos catalisadores e se aplicam na criação de substâncias químicas mais amigáveis ao meio ambiente, como em remédios, e na produção de novos combustíveis renováveis. Ela trabalha no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

A outra metade ficará com Smith, da Universidade do Missouri, e Winter, do Conselho de Pesquisa Médica de Cambridge. O primeiro desenvolveu um método conhecido como "exposição de fago", no qual esse tipo de vírus que infecta bactérias é usado para criar novas proteínas.

Já Winter empregou essa técnica para a evolução de anticorpos na produção de novos medicamentos. O primeiro remédio baseado nesse método foi aprovado em 2002 e é usado para tratar artrite reumatoide, psoríase e doenças inflamatórias intestinais. A técnica também é utilizada no combate a metástases de tumores e em patologias autoimunes.

"O poder da evolução é revelado por meio da diversidade da vida. Os vencedores do Nobel de Química de 2018 assumiram o controle da evolução e a usaram para propósitos que trazem grandes benefícios para a humanidade", disse a Real Academia de Ciências da Suécia.

Esse é o terceiro prêmio Nobel concedido em 2018. O de Medicina ficou com os imunologistas James P. Allison e Tasuku Longo, laureados por suas pesquisas sobre terapias naturais contra o câncer, enquanto o de Física foi para Arthur Ashkin, Donna Strickland e Gérard Mourou, autores de estudos sobre a aplicação do laser em diversos campos.

Nobel da Paz na sexta-feira 

O Nobel da Paz será conhecido na próxima sexta-feira (5), e o de Economia, na segunda (8). Já o de Literatura não terá vencedores neste ano, por causa de um escândalo sexual e de corrupção que provocou a renúncia de diversos membros do comitê responsável pela honraria.