Com o auditório lotado, o 12º Fórum Internacional de Software Livre
(fisl12), realizado em Porto Alegre (RS), terminou com exaltação à
cultura do software livre, defesa dos hackers e de um marco civil da
internet. Ricardo Fritsch, coordenador geral da Associação Software
Livre, disse que "nós não somos hackers, nós somos desenvolvedores e
estamos aqui para compartilhar linhas de código para melhorar a vida de
cada uma das pessoas ao redor do mundo".
Agradecimentos aos patrocinadores e à presença das autoridades, como o prefeito José Fortunati, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, que passaram pelo evento, foram intercalados com pedidos de união entre comunidade para que que o projeto de lei do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), chamado também de AI-5 Digital (PL 84/99), não passe pela votação da Câmara dos Deputados, prevista para este mês.
Após passar pela Câmara, a também chamada Lei Azeredo sofreu alterações no Senado e encontra-se novamente na casa de origem. Da maneira como está, a lei permitiria que o ato corriqueiro de passar adiante uma música seja crime, entre outras limitações ao uso da rede.
A organização apresentou também um vídeo feitos por voluntários do fisl12 e, intercalando com muitos sorteios de brindes, de netbooks à pastas do fisl12 e até um vinho, Ricardo Fritsch afirmou que o encerramento é na verdade o início do fisl 13, em 2012, e divulgou datas de eventos de interesse dos desenvolvedores que devem acontecer até o final do ano.
Em 2011, de acordo com números divulgados pela organização ao final da cerimônia de encerramento, o fisl12 teve 6.914 participantes, de 12 países, 44 caravanas, 391 GB de tráfego de dados e 104 de wireless, e uma curiosidade: a participação feminina nesta edição foi de 15%, mais do que em 2010, quando a porcentagem de mulheres foi de 13%.