O Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde está fazendo a vigilância e o controle da febre de chikungunya ¿ doença causada por vírus, que pode infectar humanos por meio da picada do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, e também pelo Aedes albopictus. Originária do sudeste asiático e de alguns países da costa leste africana, chikungunya é menos grave do que a dengue e se caracteriza por febre alta e dores intensas nas articulações de mãos e pés.
A doença só pode ser transmitida pela picada do mosquito infectado e não há transmissão de uma pessoa para outra. O nome chikungunya significa "aqueles que se dobram" e tem origem no swahili, um dos idiomas oficiais da Tanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença, entre 1952 e 1953. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos nos serviços de saúde.
No Brasil, os três primeiros casos foram identificados em 2010: dois homens que estiveram na Indonésia, um de 41 anos, do Rio de Janeiro, e outro de 55 anos, de São Paulo; e uma mulher de 25 anos, também de São Paulo, que esteve na Índia. Os casos foram informados à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e à Organização Mundial da Saúde (OMS). Os três estão curados.
Segundo Giovanini Coelho, coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, até o momento não existe transmissão autóctone do vírus no País ¿ quando a pessoa se infecta dentro do território nacional. Nas próximas semanas, deverá ser divulgado um guia de vigilância e manejo clínico de pacientes com suspeita de chikungunya. O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Assim como na dengue, não há vacina nem tratamento específico para chikungunya.