Jornal do Brasil
DA REDAÇÃO - Vitória ou derrota para as baleias? O desfecho dareunião da Comissão Baleeira Internacional deixa dúvidas sobre motivos para se comemorar. O que se discutia em Marrocos, desde segunda-feira, era o fim da proibição de caça às baleias, imposta desde 1986, mas burlada por Japão, Noruega e Islândia, a liberação da caça por um período de dez anos e a criação de cotas que seriam zeradas no fim deste período. Mas com a falta de entendimento entre delegados das 88 nações que integram a comissão, a decisão ficou para ano que vem. Ou seja, a proibição está mantida.
Portanto, para alguns, o adiamento foi positivo.
Ficou claro que a comissão não vai explorar a perspectiva de caça comercial de baleias no futuro observou o ministro do Meio Ambiente australiano Peter Garrett, cujo país é contrário à caça.
Por sua vez, Sue Lieberman, coordenadora da delegação da ONG ambientalista Pew, acha que o impasse favorece os países caçadores:
Agora há um risco claro de que o Japão possa até aumentar a quantidade de baleias abatidas.
Alguns delegados entendem que as negociações fracassaram porque o Japão aceitou reduzir o número de baleias mortas anualmente mas recusou deixar de caçar em águas antárticas, consideradas santuário das baleias.