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DA REDAÇÃO - Pesquisadores encontraram esqueletos que acreditam ser de gladiadores que morreram em arenas na região de York, no norte da Inglaterra, na época do Império Romano. Os restos mortais de 80 homens teriam 2 mil anos de idade e mostram sinais de mutilações. As informações são do Daily Mail.
Os especialistas inicialmente acreditavam que os homens seriam vítimas de uma execução em massa. Contudo, um estudo de arqueólogos e cientistas forenses pode ter encontrado uma explicação para como eles morreram. As marcas nos esqueletos - inclusive muitas decapitações e aparentes mordidas de tigres ou leões nos ossos - sugerem que todos podem ter participado de espetáculos sangrentos em uma arena ao estilo romano.
Os ossos ainda indicam que os homens era fortes - certamente por causa dos treinamentos com armas - e altos. Muitos tinham marcas de ferimentos por armas - inclusive de martelos de guerra, um método comum entre gladiadores para matar o adversário - e um deles tinha uma mordida do que parece ser o dente de um tigre ou leão. "A presença de uma marca de mordida é uma das evidências que sugerem a conexão (dos esqueletos) com uma arena. Parece ser altamente improvável que esse homem tenha sido atacado por um tigre quando voltava para casa de um pub em York há 2 mil anos", diz o antropólogo Michael Wysocki.
Os pesquisadores ainda acreditam que esse seja o mais preservado cemitério de gladiadores conhecido. Os romanos levaram as lutas de gladiadores para a ilha nessa época e construíram arenas e anfiteatros em cidades romanas, como Londres e Chester.
A pesquisa indicou ainda que os supostos gladiadores foram levados de várias partes do então império, inclusive da África e do Mediterrâneo, o que sugere a "importação" de lutadores hábeis. Alguns inclusive eram enterrados com honras, o que indica grande reputação. Um jovem, que teria entre 18 e 23 anos, foi encontrado com os restos de quatro cavalos, além de alguns ossos de vacas e porcos.