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DA REDAÇÃO - Os primeiros netbooks equipados com o Chrome OS, o novo sistema operacional anunciado pelo Google, devem chegar ao mercado até o final de 2010. De acordo com Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil, os desenvolvedores da comunidade open source terão acesso ao sistema no final deste ano. "Estamos anunciando o lançamento da iniciativa do Google de construir um sistema mais leve e enxuto, temos muito o que trabalhar nele ainda", afirmou em conversa com a imprensa nesta quarta-feira.
Segundo Ximenes, já no lançamento do navegador Chrome o Google deu algumas pistas sobre o que vinha sendo pensado e como este mercado é visto pela empresa. "Hoje as pessoas passam muito mais tempo em seus PCs online, navegando na internet, mais do que fazendo qualquer outra coisa, e os browsers que temos hoje não foram desenhados para suportar tanta atividade online", explicou. "Nosso desafio é construir um sistema operacional muito mais leve e enxuto, dedicado à navegação na internet, focado na experiência do usuário de hoje", completou.
O Chrome OS será baseado no kernel do Linux e estará disponível, no final deste ano, como open source aberto à comunidade de desenvolvedores. "Teremos máquinas com o software embarcado", esclareceu Ximenes. "Não estamos no ramo de hardware, ou seja, não teremos máquinas 'Google' no mercado", afirmou.
A distribuição do novo sistema se dará via fabricantes, parceiros de OEM, e ainda não está definida a configuração das máquinas. O modelo de negócios, segundo Ximenes, não se altera. "Desenvolvemos a plataforma, distribuimos gratuitamente e teremos publicidade".
Concorrência
Ximenes recebeu diversas perguntas envolvendo a concorrente Microsoft. "Nosso foco é no usuário e sua experiência, não na concorrência e no que ela pode ou não fazer", disse. "Percebemos que a experiência de navegação não é mais tão satisfatória, e queremos entregar ao usuário um software mais leve e enxuto, voltado para o acesso à internet. Repensar como hoje usamos os dispositivos para acessar a rede".
O sistema será livre, destacou Ximenes, e qualquer desenvolvedor pode implementar o que quiser. "O usuário poderá ter o sistema operacional do Google com outro browser, ou o contrário; o sistema poderá ser usado em outras máquinas e até com outros SOs."