Claudio Pucci, Portal Terra
SÃO PAULO - "Todos os dias agradeço aos deuses por poder escolher meus amigos, já que os demônios me empurraram os parentes", diz um provérbio chinês e o sociólogo holandês, Gerald Mollenhorst da Universidade de Utrecht foi justamente atrás do conhecimento sobre como se escolhem os amigos - formando a rede de relacionamentos de uma pessoa - e como eles se mantém no decorrer do anos.
Ele conduziu uma pesquisa com 1.007 pessoas entre 18 e 65 anos e as contatou sete anos depois. Do grupo original, 604 pessoas foram localizadas e entrevistadas e responderam a perguntas como "com que você conversa sobre suas questões pessoais?", "quem lhe ajuda com problemas em casa?", "quem você visita?" e assim por diante.
Os resultados mostraram que, ao contrário de uma pesquisa americana realizada anteriormente, o tamanho da rede social de um indivíduo se mantém, mas com uma renovação de cerca de 52% das pessoas. Somente 48% dos antigos amigos continuam com o mesmo status. Também foi provado que não há diferença nas condições sociais ao se conhecer amigos, parceiros ou conhecidos e que no caso de parceiros (namorada, marido etc) existe uma busca maior por similaridade de personalidade que nas outras situações.
Mollenhorst também confirmou que o network pessoal não se forma apenas baseados em escolhas pessoais e sim são limitadas pela oportunidade de se encontrar, além disso geralmente a escolha de um novo amigo é feita por algum contexto pelo qual a pessoa já se utilizou anteriormente, ao escolher outro amigo. Sendo assim, valorize os amigos que tem hoje. Pelo menos, enquanto eles ainda forem seus amigos.