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China ultrapassará Japão em novas patentes, diz relatório

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REUTERS

WASHINGTON - A China acelerou muito seus pedidos de novas patentes e ultrapassará o Japão, o atual líder mundial em número de novas patentes, por volta de 2012, de acordo com relatório divulgado na quarta-feira pela Thomson Reuters Scientific.

O relatório constatou que a China está se afastando da agricultura e da manufatura tradicionais e se concentrando mais na inovação, em áreas como a engenharia química.

- A China deve dominar o cenário no que tange a patentes, em 2012 e se tornar a maior inovadora do mundo. As invenções vêm crescendo na China em ritmo mais rápido do que em qualquer outra parte do mundo. Esse processo vem sendo propelido por incentivos governamentais - afirmou Bob Stembridge, porta-voz da Thomson Scientific, uma das divisões de pesquisa do grupo Thomson Reuters.

Os incentivos incluem bonificações equivalentes a um ano de salário concedidas a inventores que recebam novas patentes, disse Eve Zhou, a consultora que escreveu o relatório.

- Na China, 16% das patentes provêm do mundo acadêmico. A tendência existe porque o governo chinês exerce forte direção quanto às áreas técnicas que devem ser pesquisadas - disse Zhou. Isso se compara a quatro por cento nos Estados Unidos e um por cento no Japão.

A Thomson Scientific analisou as cinco principais autoridades mundiais de patentes --Japão, EUA, o Serviço Europeu de Patentes, Coréia do Sul e China.

Foram computadas as novas patentes solicitadas entre 2001 e 2007, e a sua forma de solicitação --por cidadãos de um país a uma autoridade nacional de patentes ou por empresas estrangeiras procurando proteção a patentes naquele dado país.

- A China, partindo de um começo humilde, está experimentando o mais rápido crescimento - disse Stembridge.

O Japão registrou o maior total anual de patentes a cada período, entre 2001 e 2007, mas os EUA vêm reduzindo a distância. No período, o Japão teve 37 por cento dos novos pedidos de patente, ou 3,5 milhões, ante 27 por cento para os EUA e 12 por cento cada para China, Coréia do Sul e Europa.