Agência AFP
WASHINGTON - Pessoas que sofreram uma crise cardíaca correm mais risco de morrer subitamente em seu primeiro mês de recuperação, segundo um estudo coordenado pela clínica Mayo e publicado nesta terça-feira nos Estados Unidos.
Passados os primeiros 30 dias depois da crise, o risco de morte súbita diminui substancialmente, embora aumente nas pessoas que apresentam sintomas de deficiência cardíaca, indicam os pesquisadores do estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).
Atualmente, os modelos de previsão de risco são baseados em características observadas pouco depois da primeira crise cardíaca, aproximação que pode deixar algumas lacunas.
Outros sintomas se manifestam também nos dias ou semanas imediatamente posteriores à crise, como uma insuficiência cardíaca ou uma isquemia recorrente - uma redução ou mesmo suspensão do fluxo sangüíneo arterial em um tecido ou órgão que pode causar a morte imediata.
Selcuk Adabag, do Centro Médico de ex-Combatentes de Minneapolis (Minnesota, norte) e outros médicos da clínica Mayo em Rochester (no mesmo estado), analisaram os dados médicos de 2.997 pacientes com uma média de idade de 67 anos. Entre eles, 59% são homens que sofreram uma crise cardíaca entre 1979 e 2005.
A evolução destes pacientes foi acompanhada através de seus registros clínicos pelos pesquisadores durante 4,7 anos, em média, até fevereiro de 2008.
Neste período, 1.160 pacientes morreram, 282 (24%) deles de maneira súbita.