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Yahoo e Google revisam acordo na esperança de aprovação

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REUTERS

WASHINGTON/SAN FRANCISCO - O Yahoo e o Google reduziram drasticamente a escala de seu acordo sobre publicidade vinculada a buscas, disse uma pessoa familiarizada com as negociações, em um esforço final por conseguir a aprovação das autoridades antitruste dos Estados Unidos.

A decisão surge depois de o Google ter parecido pronto a abandonar a parceria, anunciada em junho para ajudar a bloquear a tentativa da Microsoft de tomar o controle do Yahoo. O acordo atraiu a atenção das autoridades regulatórias norte-americanas e críticas crescentes dos anunciantes.

As empresas de Internet submeteram uma proposta reformulada ao Departamento da Justiça dos EUA, reduzindo o prazo da parceria de 10 para dois anos, segundo a fonte.

O acordo revisado também limita a porcentagem da receita de publicidade vinculada a buscas que o Yahoo poderia receber do Google a um máximo de 25 por cento e permite que os anunciantes do Google exerçam a opção de não terem anúncios colocados no Yahoo, disse a fonte.

Tracy Schmaler, porta-voz do Yahoo, anunciou em comunicado distribuído por email que a empresa continua a trabalhar com o Departamento da Justiça e que as discussões prosseguem.

Adam Kovacevich, porta-voz do Google, não quis discutir os detalhes do processo.

Os analistas disseram que os novos termos poderiam ajudar o acordo a conquistar a aprovação das autoridades, mas questionaram se uma parceria assim limitada seria lucrativa para o Yahoo, que ocupa distante segundo posto diante do Google no mercado de buscas da Web.

Musul Krishna, diretor mundial de mídia digital na consultoria Frost and Sullivan, descreveu os termos revisados como - mais um Band-Aid do que a cirurgia extensa - de que o Yahoo precisa.

- Isso torna mais provável que o acordo supere as barreiras antitruste e dá a Jerry (Yang, o presidente-executivo do Yahoo), alguma folga, mas o importante é determinar quanto dinheiro o acordo revisado acrescentaria aos resultados do Yahoo, disse Krishna.

- E a proposta não responde à pergunta: o que acontece depois de dois anos?