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SÃO PAULO - O período acamado a que um paciente é submetido durante um tratamento prolongado ou a uma intervenção cirúrgica complexa pode gerar complicações pulmonares e motoras sérias, retardando sua recuperação e aumentando o período de internação.
A atuação da fisioterapia tem se provado fundamental para acelerar a recuperação desses pacientes.
- Os profissionais da saúde perceberam que quando o tratamento médico está aliado ao fisioterapêutico a recuperação é mais rápida - diz Silvia da Cruz Serri, responsável pelo serviço de fisioterapia do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.
Segundo o pneumologista Luís Carlos Losso, a fisioterapia em pacientes na UTI é sempre indicada para evitar complicações pulmonares.
- Na área pulmonar a fisioterapia é essencial uma vez que mantém a condição clínica do paciente. Quando o doente está na UTI ele precisa de toda assistência que existe e as sessões fisoterapêuticas conseguem aliviar o período acamado permitindo acelerar a recuperação - conclui.
Esse foi o caso da aposentada, Márcia Fernandes Vilarinho Lopes, que em função da osteomielite, infecção nos ossos, desenvolveu uma série de problemas precisando ficar cerca de 45 dias internada na UTI.
- A fisioterapia inserida no contexto da equipe da UTI foi fundamental para minha recuperação. As sessões fisioterapêuticas eram meu porto seguro - afirma Márcia.
Para pacientes que necessitam de respiração artificial, o atendimento de fisioterapia inclui sessões de treinamento dos músculos respiratórios, possibilitando melhor controle da respiração, facilitando a retirada do tubo traqueal.
- A melhora pode ser percebida logo no início das sessões - explica Luiz Fernando de Oliveira Moderno, responsável pelo serviço de fisioterapia do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.
As cirurgias que mais predispõem a complicações que podem ser minimizadas pela fisioterapia são: gástrica, cardíaca, torácica, neurológica e ortopédica.