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WASHINGTON - Os países pobres em breve receberão bilhões de dólares de um novo fundo do Banco Mundial para ajudá-los a reduzir poluição, economizar energia e combater o aquecimento global, informou a organização internacional.
Países em desenvolvimento como China e Índia já estão tentando reduzir suas emissões de carbono, especialmente para economizar energia, mas hesitam em fazê-lo sem mais assistência tecnológica da Europa, Japão e Estados Unidos.
A maior parte do dióxido de carbono que hoje aquece o planeta é gerada por processos industriais ocidentais e os países em desenvolvimento querem assistência financeira para reduzirem suas emissões cada vez maiores.
- O fundo vai apoiar projetos públicos e privados que desenvolvam tecnologias capazes de reduzir emissões, aumentar a eficiência e economizar energia nos países em desenvolvimento - declararam os ministros das Finanças dos EUA, Reino Unido e Japão ao Financial Times na sexta-feira.
O fundo de tecnologia limpa do Banco Mundial receberá cerca de 2 bilhões de dólares em fundos de combate às alterações climáticas anunciados pelo presidente George W. Bush, dos EUA, no mês passado, e parte dos 800 milhões de libras (1,56 bilhão de dólares) anunciados pelo Reino Unido para compor um "fundo de transformação ambiental" no ano passado, disseram Henry Paulson, Alistair Darling e Fukushiro Nukaga.
O Japão anunciou no mês passado um pacote de 10 bilhões de dólares para apoiar a luta dos países em desenvolvimento contra as alterações climáticas, mas a carta dos ministros das Finanças não detalhou que proporção dessas verbas seria canalizada por meio do Banco Mundial.
O Banco Mundial informou que "esperamos que o anúncio formal sobre a criação da linha de crédito seja feito em breve".
- Além das discussões com os países doadores, há conversações em curso com outras partes interessadas, entre as quais outras agências do sistema das Nações Unidas e do setor privado - afirmou o Banco.
O comunicado do Banco Mundial se refere "a uma linha de crédito para investimento climático estratégico que aceleraria os investimentos em projetos de baixa emissão de carbono e de resistência às alterações climáticas em países em desenvolvimento."