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ROMA - Arqueólogos descobriram uma tumba etrusca com mais de 2.000 anos perfeitamente preservada nas colinas da Toscana. Dentro há um tesouro formado por artefatos e por urnas que guardam os restos de cerca de 30 pessoas.
A tumba, na cidade toscana de Civitella Paganico, provavelmente data de entre os séculos 1 e 3 a.C., época em que o poder etrusco estava em declínio, disse à Reuters Andrea Marcocci, que comandou as escavações no local.
- É bastante raro encontrar uma tumba intacta desse jeito - disse Marcocci, que suspeitou da existência da tumba no local depois que obras numa estrada próxima espalharam pedaços dos artefatos.
- Quando achamos fragmentos do lado de fora, pensamos que encontraríamos a tumba violada. Mas o espaço principal de sepultamentos estava completamente intacto.
Dentro da tumba, um estreito corredor leva a uma pequena câmara de sepultamento, com cerca de 2 metros de comprimento e 1m79 de largura, segundo o arqueólogo. Também foram achadas urnas contendo restos humanos.
- É bastante excepcional encontrar tantos objetos numa tumba tão pequena - disse Marcocci. - Alguns dos vasos (urnas) eram bastante pequenos, então achamos que provavelmente eram de crianças.
Uma das primeiras e mais misteriosas civilizações da Itália, os etruscos viveram ao norte de Roma, nas atuais Toscana e Umbria. Sua civilização durou pelo menos mil anos, atingindo seu auge aproximadamente entre os séculos 6 e 7 a.C., até que suas cidades fossem substituídas por assentamentos romanos.
Grande parte do que se sabe sobre os etruscos hoje deriva de outros suntuosos jazigos, decorados com pinturas e repletos com vasos e outros objetos.