Aline de Oliveira manteve a tradição de tocar instrumentos enquanto samba pela avenida. Desta vez, porém, inovou ao tocar surdo de primeira, de segunda e de terceira durante o desfile da Mocidade Alegre - antes de ser a rainha de bateria da agremiação, ela já era ritmista. "Trabalho de segunda a sexta durante vários meses para conseguir fazer o que eu fiz aqui. Foi sensacional, exatamente como eu esperava. É uma emoção muito grande", descreveu.
Ela atraiu muita atenção dos fotógrafos durante a passagem da escola, o que em alguns momentos chegou a atravancar a evolução. Para Aline, porém, isso não deve ser prejudicial. "Eu gosto disso. Se começa a atrapalhar a gente dá um berro e os fotógrafos saem de perto", brincou. Na dispersão, as caras e bocas feitas pela rainha, que não desgrudava do instrumento, também chamaram atenção.
Se neste ano ela apareceu comandando os três surdos, ano que vem não deve decepcionar. Aline prometeu inovar, mas não sabe ainda exatamente como. "Sei lá! Vou vir voando. Alguma coisa eu vou inventar", disse. Uma coisa é certa, porém; longe dos instrumentos da bateria ela não fica. "São como meus filhos."