Pedro Peduzzi, Agência Brasil
BRASILIA - Os ministros Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil da Presidência da República, e Paulo Bernardo, do Planejamento, afirmaram hoje (4) que não há qualquer problema na existência de um alto índice de restos a pagar relativos às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A ministra, no entanto, defendeu maior diferenciação entre forma de investimento e forma de custeio das obras.
Quando não se consegue desprender todo o valor do recurso de um ano, usa-se resto a pagar. Neste ano, o custeio foi menor do que os restos a pagar. Seria interessante que o orçamento de investimento tivesse outra forma de percepção para mostrar a forma como o investimento tem sido realizado , afirmou Dilma.
A ministra disse acreditar que, futuramente, haverá uma forma de execução de investimentos diferente da forma de custeio, uma vez que é impossível realizar investimentos sem restos a pagar. "Quanto mais a obra avança, mais tem restos a pagar , ressaltou.
Segundo Paulo Bernardo, muitas vezes, os restos a pagar são vistos sob um viés político , que acaba dando uma carga negativa indevida a ele. Esta é uma forma legal de executar gastos públicos, e não há qualquer problema em ter restos a pagar porque [em geral] os investimentos levam mais de um ano para serem feitos , disse.