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RIO - Centenas de candidatos ao concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) programaram uma manifestação para a próxima segunda-feira, às 10h, na Cinelândia, para pedir a anulação das provas, depois que se tornou pública uma série de denúncias de fraudes no exame. De acordo com a comissão organizadora, o protesto reunirá concurseiros que se sentiram lesados com o vazamento de provas e fraudes nos gabaritos e com a decisão da banca organizadora, a FunRio, de apenas desclassificar os candidatos supostamente envolvidos no esquema.
Os organizadores prometem levar faixas e cartazes para chamar a atenção da opinião pública. Em seguida, uma comissão irá ao Ministério Público Federal, também no Centro, para pedir apuração das denúncias de fraudes e o cancelamento do concurso.
O juiz federal William Douglas trouxe à tona a fraude, depois de ter recebido um envelope com cópias de cartões-respostas, nos quais, segundo ele, seria possível verificar que os primeiros colocados fizeram prova em sala extra, em separado.
O reconhecimento da FunRio ao desclassificar envolvidos com o esquema é uma vitória dos candidatos, mas não é uma solução; deve ocorrer, sim, a anulação do concurso. A sociedade precisa entender que alguém que entra no serviço público de forma desonesta será um servidor corrupto lá na frente. Combater as fraudes com vigor é garantia de que terá funcionários competentes. Antes, ao suspeitar de uma fraude, o candidato desistia ou tentava o concurso assim mesmo. Hoje já existe confiança nas instituições porque o candidato que percebe a fraude procura as autoridades. Então, é possível perceber um progresso , afirmou o magistrado.