Rússia Hoje, JB Online
REDAÇÃO - O presidente Dmitri Medvedev não jogou palavras ao vento ao exigir que se passe das palavras aos atos em matéria de modernização. No governo do presidente já se está pensando sobre o sistema de responsabilidade pessoal dos funcionários de alto escalão. Baseados no exemplo dos colegas americanos, os ministros vão responder pessoalmente pela sua contribuição ao reequipamento técnico.
O pacote de projetos de lei que está sendo coberto de poeira nos corredores do poder desde 2007 foi o motivo para as decisões rigorosas.
Em agosto, Dmitri Medvedev não escondeu sua insatisfação com funcionários do governo. Não fizemos só fracassar esta tarefa, e, além disso, também não fizemos nada para que ela prosperasse , assim ele avaliou o trabalho desses funcionários sobre inovações. A chefe do grupo interdepartamental de legislação para inovação no governo do presidente, Ekaterina Popova, ressaltou que não seria mal se a Rússia imitasse a experiência dos Estados Unidos. Lá ministros de pastas específicas prestam contas no Congresso pelo reequipamento técnico do país no semestre. Se os indicadores não conseguem chegar até os níveis aprovados pelo presidente, de acordo com a lei Stevenson-Wildler, os ministros e até os seus vices podem perder o cargo. Popova não exclui a possibilidade de que semelhante lei possa ser adotada também na Rússia.
Existe também motivo concreto para decisões severas. Na Rússia de forma alguma surgirá uma base legislativa comum para a modernização. O pacote de 16 projetos de lei que dizem respeito ao estímulo fiscal e financeiro para as inovações foi elaborado por um grupo de deputados ainda em 2007. Na comissão presidencial ele foi avaliado como muito bom , mas não se conseguiu entrar em entendimento sobre ele com o Ministério das Finanças. Ekaterina Popova explica isso pelo fato de que na Rússia ainda não há uma definição exata sobre a atividade de inovação , o que significa que não está claro para quem fazer a dotação dos recursos e a quem oferecer as vantagens.
Outro empecilho para as inovações na comissão presidencial são os monopolistas russos. Existem novas tecnologias na Rússia, mas antes da crise as grandes empresas deliberadamente bloqueavam áreas como, por exemplo, eficiência energética. As gigantes ganhavam muito com os gastos alheios, ou seja, com o elevado custo da energia elétrica , mencionou como exemplo Ekaterina Popova. Até certo ponto os culpados são os mesmos ministros que ano após ano apoiavam o apetite deles.