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RIO - Flamengo e Corinthians anunciaram nesta segunda-feira que estão de acordo em realizar o "Jogo da Paz" na Palestina. Houve uma reunião no início desta tarde na casa do presidente do Flamengo Márcio Braga, no Arpoador, para dar o pontapé inicial para ralização da partida. Estavam presentes Braga, o vice-presidente geral do Flamengo Delair Dumbrosck, o vice-presidente de Marketing do Corinthians Luis Paulo Rosemberg e a ministra Vera Cinthia, chefe do Departamento de Esportes do Ministério de Relações Exteriores.
O jogo será um amistoso e provavelmente acontecerá no final do ano. A federação de futebol da Palestina apoia a iniciativa e já se disponibilizou a providenciar estádio, transporte e hospedagem às equipes. O Ministério entrará em contato com a embaixada brasileira e as autoridades palestinas para acertar a data do jogo.
Segundo Márcio Braga, a ideia da partida surgiu há três meses com Flamengo e Corinthians protagonizando o espetáculo com os craques Ronaldo e, agora, Adriano. Braga está tão empolgado com o "Jogo da Paz" que cogitou a possibilidade de grandes ídolos do futebol brasileira participarem.
- Acho que deveríamos levar Pelé, Zico e Rivelino. Esses sim são os verdadeiros embaixadores do futebol brasileiro - disse o presidente rubro-negro.
Márcio Braga disse ter consultado de forma informal o presidente da CBF Ricardo Teixeira, que ficou animado com a partida. Por isso, os dirigentes de Flamengo e Corinthians acham que não haverá problema para a entidade ajeitar uma data no calendário.
A ministra Vera Cinthia comentou que o Brasil já tem experiência em realizar um "Jogo da Paz", uma vez que a Seleção Brasileira participou de um amistoso no Haiti, em 2004. Para ela, a logística da partida na Palestina será mais simples, pois naquela ocasião, além de enfrentar uma Gerra Civil, o Haiti não dispunha de infraestrutura.
- Supõe-se que será tudo diferente. Contamos como apoio do governo palestino para realização do jogo - disse Vera, também entusiasmada com a ideia. - Não existe embaixador melhor no Brasil do que o futebol.
Os dirigentes dos clubes evitaram falar sobre retornos financeiros que o "Jogo da Paz" poderá trazer. Para O vice de marketing do Corinthians, embora deva haver boa repercussão sobre as marcas Flamengo e Corinthians, este não é o propósito.
- Isso na verdade é um subproduto e não faz parte dos objetivos. Será muito bom para imagem dos clubes, mas não vamos tratar o jogo como estretégia de marketing - colocou Rosemberg.