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Bolsa brasileira termina em alta de 0,54%

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SÃO PAULO, 8 de junho de 2009 - A expectativa dos investidores com indicadores econômicos brasileiros aliado a desvalorização das commodities no mercado internacional fez a bolsa brasileira operar em terreno negativo durante a sessão. No entanto, ao final dos negócios, o mercado comprador prevaleceu fazendo o índice acionário da BM&FBovespa subir 0,54%, aos 53.630 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 3,83 bilhões.

"O volume de negócios foi bem reduzido porque os investidores saíram das bolsas e buscaram o dólar durante a sessão, movimento que é percebido desde a semana passada. Além disso, expectativas giram em torno do PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil, inflação e decisão do Copom", avalia Miguel Daoud, diretor da Global Financial Advisor.

Dentre os destaques positivos do Ibovespa ficaram os papéis ordinários e preferenciais da Usiminas, com valorização de 3,29% e 2,72% respectivamente. Para Daoud, o movimento reflete a decisão do governo brasileiro de tributar o aço importado, uma vez que a importação vai encarecer e os preços no mercado interno ficarão melhores.

Na outra ponta ficaram os papéis do setor de varejo, com queda de 3,57% dos ordinários da B2W e de 3,17% da Lojas Renner. No mesmo sentido, as ações preferenciais da Companhia Brasileira de Distribuição (Pão de Açúcar) marcaram desvalorização de 1,96%, cotadas a R$ 35,90.

Hoje, o grupo Pão de Açúcar anunciou a compra da rede de varejo de eletrônicos e eletrodomésticos Ponto Frio, em operação que recoloca a companhia na liderança do varejo brasileiro. O valor da aquisição da participação dos controladores do Ponto Frio é de R$ 824,5 milhões.

Ainda por aqui, os agentes tomaram conhecimento sobre os dados de inflação. O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,18%, em maio, taxa superior à registrada em abril, de 0,04%. No ano, o indicador registra deflação de 2,28% e alta de 1,18% nos últimos 12 meses.

O diretor da Global Financial Advisor acrescenta que na véspera de indicadores econômicos importantes, os investidores adotam clima de cautela para não terem surpresas depois. Para amanhã, o mercado aguarda a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil referente ao primeiro trimestre de 2009.

Já no front externo, os dados do mercado de trabalho norte-americanos, divulgados na sexta-feira, reforçaram durante a sessão o debate sobre a necessidade de elevação da taxa básica de juros nos Estados Unidos. "Hipótese que é reforçada por declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Atlanta, Dennis Lockhart, de que a autoridade monetária precisa se ´antecipar´ e não deve esperar muito tempo para apertar a política monetária", destacou o Banco Fator em relatório.

(Déborah Costa - IN)