Os funcionários demitidos trabalhavam no terceiro turno da unidade, que estava em férias coletivas desde janeiro. O turno empregava 700 funcionários, dos quais 450 foram reaproveitados nos outros dois períodos de trabalho da fábrica.
"Durante todo o mês de março nós estávamos buscando uma solução para o terceiro turno e no início da semana passada houve um acordo com o sindicato para reintegrarmos 450 dos 700", informou a assessoria de imprensa do grupo.
Na véspera, o governo federal anunciou a prorrogação por três meses da concessão do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos, com a condição de manutenção dos empregos no setor.
Segundo a empresa, no primeiro bimestre, as exportações de motores desabaram 78% em relação ao mesmo período do ano passado e as vendas externas de veículos caíram 30%. A empresa não divulga volumes.
"A decisão de reintegrar os 450 (empregados) e fazer dois turnos reforçados é mais uma aposta de que o mercado brasileiro está melhorando, dando sinais de aquecimento", informou a assessoria.
Após os cortes, a PSA Peugeot Citroen passa a empregar 3.600 funcionários no Brasil, dos quais 3.000 na fábrica fluminense. A unidade produz os modelos 206, linha 207, Citroen C3 e Xsara Picasso, além de motores 1.4 e 1.6.
O terceiro turno na fábrica tinha começado a funcionar em dezembro de 2007. Em julho daquele ano, a unidade empregava 2.300 funcionários.
"As operações da empresa no país, principalmente as exportações, foram fortemente atingidas e a reestruturação da produção se tornou imprescindível", informou o grupo em comunicado.
A montadora informou que vem tomando medidas para preservar seus quadros de funcionários no país desde o fim de 2008. Entre as medidas, a fábrica em Porto Real ficou em férias coletivas de 26 de janeiro a 24 de fevereiro.
Apesar dos cortes, a empresa afirma que ´todos os projetos industriais e de desenvolvimento de novos produtos no Brasil estão mantidos´.
(Redação - JB Online)