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RIO - O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio desembargador
Roberto Wider, parabenizou nesta sexta-feira a Polícia Federal pela operação que resultou na prisão, até o momento, de 11 pessoas por acusações de envolvimentos em crimes eleitorais e comuns praticados pelas chamadas milícias.
A pedido do Ministério Público Eleitoral, o TRE-RJ emitiu, na
noite desta quinta-feira, mandados de prisão contra 22 pessoas. Entre os presos na manhã desta sexta-feira está a candidata Carmem Glória Guinâncio Guimarães, a Carminha Jerominho (PTdoB), filha do vereador Jerominho, preso por envolvimento com as milícias.
Segundo o desembargador, a providência obtida pela Polícia Federal, em conjunto com a Justiça
Eleitoral, dá uma resposta adequada a essa quadrilha de milicianos que
pretende amedrontar essas comunidades carentes com o objetivo de obrigá-las a votar nos candidatos de seu interesse nas eleições de 2008.
Para Wider, com isso, o TRE garante a ampla regularidade e segurança do pleito, como foi prometido pelo presidente do TSE, ministro
Ayres Britto.
De acordo com o presidente, a operação de desta sexta-feira pode levar à cassação do registro dos candidatos envolvidos.
Wider disse que há crimes eleitorais graves que estão sendo investigados, além de crimes comuns sérios, sempre procurando fraudar o processo eleitoral. Para o presidente do TRE-RJ, a operação não invalida o envio de forças federais para garantir a segurança da eleição no Rio.
Wider comenta também que as forças especiais virão para dar uma garantia a mais. A ação da Polícia Federal leva à desarticulação dessas quadrilhas. Ele finalizou, dizendo que esses dois fatores mostram ao eleitor que ele não precisa se sentir amedrontado por esses grupos.
Os presos serão levados de avião para o presídio federal de Catanduva,
no Paraná, onde ficarão por 30 dias em regime diferenciado. Entre as 11
pessoas que continuam foragidas está Luciano Guinâncio Guimarães, irmão de
Carminha, contra o qual já havia outros mandados de prisão.