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VALÊNCIA - Depois do emocionante Grande Prêmio da Europa, disputado neste fim de semana, a Ferrari e a McLaren, que lideram a atual temporada da Fórmula 1, apostam que caberá à resistência dos motores decidir o nome do campeão deste ano.
Na corrida inaugural do circuito de Valência, o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, dirigiu de forma estupenda para conquistar uma vitória indiscutível. Mas Kimi Raikkonen, atual detentor do título mundial e parceiro de Massa na escuderia italiana, abandonou a prova depois de seu motor estourar.
Essa foi a segunda quebra sucessiva de um carro da normalmente confiável Ferrari. A falha fez com que os integrantes dela passassem a perguntar-se sobre questões mecânicas.
De outro lado, a McLaren não precisou substituir nem mesmo uma peça de seus carros durante os três dias do evento.
- Infelizmente, sofremos de um problema de confiabilidade responsável por fazer com que perdêssemos pontos preciosos. Agora, temos de descobrir o que aconteceu nessa nova falha mecânica e depois decidir como reagir a isso, disse a repórteres Stefano Domenicalli, chefe da Ferrari.
- Claramente, o que aconteceu é algo grave e temos de fazer todo o possível para, nas próximas corridas, reconquistar o terreno perdido devido aos problemas de confiabilidade.
- Agora precisamos continuar nos esforçando ao máximo para melhorar o carro e aumentar a confiabilidade dele. Com isso, estaremos o mais preparados possível nas demais corridas, acrescentou.
O diretor técnico da Ferrari, Luca Baldisseri, mostrou-se igualmente franco.
- Temos um grande potencial quando se leva em conta o carro e a equipe. Um potencial capaz de nos colocar na frente de todo mundo. Mas, quando algum desses elementos não dá o seu melhor, acabamos desperdiçando pontos preciosos que acabarão por nos custar caro, disse.
- Temos de trabalhar para consertar esses problemas e é isso o que temos de fazer agora.
Após a disputa na nova pista de rua, o campeonato passará pelos tradicionais circuitos de Spa-Francochamps, na Bélgica, e de Monza, na Itália, onde a resistência dos motores será testada ao máximo.
- O elemento mais positivo para nós foi que as caixas com as peças sobressalentes ficaram fechadas todo o fim de semana, afirmou Norbert Haug, chefe da área esportiva da Mercedes-Benz, que fornece os motores usados pela McLaren.
- Não tivemos de trocar nenhuma peça ao longo do fim de semana de uma prova que, segundo se apostou, seria repleta de quebras, disse.
- Agora, podemos trabalhar duro para o terço final da temporada, que começa com as corridas em Spa e Monza, dois circuitos particularmente complicados e que exigirão os motores ao máximo.