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BRASÍLIA - Ficou decidido em reunião realizada nesta tarde que, pelo menos por enquanto, a Força Nacional de Segurança não deverá atuar nas eleições do Rio de Janeiro. De acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, será feito um mutirão com as polícias Militar e Civil do Estado, Polícia Federal e, se necessário, as Forças Armadas.
Britto se reuniu com o ministro da Justiça, Tarso Genro, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Roberto Wider, e o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. No próximo dia 11, será realizada outra reunião entre os quatro para discutir o assunto.
- Será uma sessão de trabalho da qual faremos uma avaliação das medidas que estão sendo tomadas e, se necessário, poderemos requisitar a participação das Forças Armadas - afirmou Ayres Britto.
Segundo o presidente do TSE, as autoridades levaram em consideração três pontos principais: liberdade e seguranças das comunidades, segurança dos políticos que estão em campanha e liberdade para a imprensa que vai cobrir o processo eleitoral da cidade.
- É preciso compreender que a urna eletrônica é secreta e involável. Para que a população não se sinta coagida nem ameaçada, ninguém tem como saber quem votou em quem - disse Ayres Britto.
O debate em torno das necessidades deste reforço na segurança do Rio de Janeiro ganhou força após criminosos terem ameaçado jornalistas que acompanhavam a campanha de Marcelo Crivella (PRB) na Vila Cruzeiro. Na ocasião, três fotógrafos tiveram que apagar as fotografias tiradas para conseguirem deixar a comunidade depois de sofrerem ameaças.