BRASÍLIA, 23 de maio de 2008 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou a criação do fundo soberano do Brasil e negou as denúncias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido ao ministro para adiar a data para encaminhar o projeto ao Congresso. "Essa informação é improcedente", disse o ministro, ao explicar à imprensa tais informações noticiadas hoje em alguns jornais, na entrada do Ministério da Fazenda. O objetivo do projeto é usar o excedente do superávit primário, cuja meta para este ano é de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para a criação de uma poupança pública que possa ser usada em momentos de baixa da economia e conter a depreciação do dólar ante o real.
"O presidente Lula determinou que fizéssemos o fundo soberano", disse o ministro. Segundo ele, o projeto de lei que cria o fundo está praticamente pronto e será encaminhado à Casa Civil na próxima semana. "No projeto, só faltam os aspectos jurídicos. A concepção econômica já está clara e definida", disse Mantega.
Ele voltou a afirmar que o fundo será um instrumento muito importante para o País. "É um instrumento que permitirá fazer um (superávit) primário maior, ter uma reserva de primário que poderá ser utilizada em outros anos anticiclicamente, melhora a questão fiscal do País e ajuda a combater a depreciação do dólar ante o real".
(Viviane Monteiro - Gazeta Mercantil Tempo Real)