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Viradouro faz desfile inovador, de arrepiar

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JB Online

RIIO - É de arrepiae! A escola que encerrou o primeiro dia de desfiles inovou e surpreendeu. Bem ao estilo do carnavalesco Paulo Barros, que superou até a proibição do carro sobre o holocausto, em conseqüência de uma ação da Federação Israelita. No lugar, trouxe Tiradentes, que foi muito censurado em sua época. Em volta do alferes, muitos componentes com mordaças e uma grande faixa com os dizeres Liberdade ainda que tardia, que aparece na bandeira de Minas Gerais.

É de arrepiar! E com surpresas desde o início do desfile. Na Comissão de Frente, Mister Freezer, personagem de um dos mais famosos filmes do Batman. Afinal, o frio causa arrepio mesmo. Tecnologia e efeitos especiais com os senhores do gelo. A Comissão de Frente quebrando o gelo causou sensação.

A seguir, veio o primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Raphael e Simone. Ele, vestido de esquimó. Atrás deles, 300 homens vestidos de pingüins. Um lindo efeito visual da marcha dos pingüins. De arrepiar!

Pista artificial de esqui de 30 metros, com 26 toneladas de gelo. Dezenove profissionais no desafio de esquiar, todos com experiência internacional . Foi preciso muito treinamento até para André Espinosa, que representou o Brasil em mais de uma Olimpíada de Inverno.

A bateria de Mestre Ziza apresentou até uma batidinha de funk. Os integrantes da bateria vieram fantasiados em homenagem à Copa de 1970 (aquela na qual o futebol brasileiro teve melhor desempenho), mais especificamente em homenagem, o 'Furacão da Copa'. À frente da bateria, a rainha Juliana Paes, que também causa arrepios. Ainda mais quando alguns integrantes da bateria passaram a jogar bolas para o público.

Efeito bonito também foi o da ala das baianas vestidas como iglu. No entanto, com fantasias muito pesadas, elas se movimentaram como de costume, mas não chegaram a comprometer o desfile

E mais personagens de arrepiar. Edward Mão de Tesoura. Os Moicanos. Os punks. As peruas no cabeleireiro.

Mas teve também o arrepio dos sabores, até dos originários dos prazeres sexuais. Com direito até ao carro do Kama Sutra, livro indiano do Século IV.

E teve mais ousadia e inovação. Um bebê gigante, de cinco metros, que parece estar nascendo na avenida. É o arrepio do nascimento.

No quinto carro, no lugar do Holocausto, com corpos sobrepostos e que na última quinta-feira foi proibido pela Justiça, trouxe Tiradentes, que morreu enforcado. Ao redor dele, diversos componentes com mordaças. Acima de todos os dizeres da bandeira de Minas Gerais: Liberdade ainda que tardia.

Uma ala homenageando Joana D' arc, com mulheres amarradas, prontas para serem executadas queimadas. Patrícia, a segunda Porta Bandeira, veio fantasiada de Joana D'arc. Teve também a ala da guilhotina, com pessoas 'decapitadas', inclusive Marcinho, o segundo Mestre Sala da Viradouros, que desfilou com uma cabeça em uma das mãos.

Uma ala fantasiada de baratas, que sobiamm e desciam do carro banquete. Outra, de aranhas. Teve a de cobras. Carros que lembram de filmes de arrepiar, como Alien e o Exorcista. E Paulo Barros fez alusão ao carnavalesco Joãozinho Trinta com uma ala com pessoas vestidas com plásticos negros com os dizeres 'olham por nós.'

Foi de arrepiar também a homenagem a Cartola. O arrepio da saudade no carro as rosas não falam, no qual se destacava a cantora Beth Carvalho.

E o desfile da Viradouro terminou arrepiando quem estava na Praça da Apotesose. 'Arrepiou com certeza , disse o carnavalesco Paulo Barros, visivelmente emociionado.