Pinguelli comentou na última sexta-feira (26) a previsão de que o plano será concluído em um prazo de dois anos. O conjunto de medidas está sendo elaborado a partir de diretrizes apontadas pelo fórum, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O fórum é composto por 12 ministros, do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), de especialistas e representantes da sociedade civil, e presidido pelo presidente da República.
"Eu acho que está muito devagar', disse, durante evento sobre o quarto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC, na sigla em inglês). 'Esse plano poderia ser dividido em etapas: uma parte de ações de imediatas e outra parte mais elaborada. O governo deveria dar prioridade imediata à implantação do plano, porque ele não dá efeitos imediatos e por isso é urgente começar logo'.
Na sua avaliação, entre as principais necessidades está a redução do desmatamento, principal responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no Brasil, o estímulo à utilização da energia solar para aquecimento de água nas residências e ações específicas como, por exemplo, o financiamento para que as pessoas substituíam as lâmpadas incandescentes por aquelas com menor consumo de energia. Além de outro foco ter que ser atacado, o uso do automóvel.
O evento internacional, realizado pela Secretaria de Estado e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e pela Companhia Vale do Rio Doce, foi o primeiro encontro do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC, na sigla em inglês) na América Latina. Reuniu cerca de 250 ambientalistas para debater as recentes conclusões sobre o aquecimento global e seus impactos.
As informações são da Agência Brasil.